O ex-assessor de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, foi detido na Itália para prestar esclarecimentos sobre o inquérito que investiga o vazamento de conversas entre assessores do ministro. Diferentemente da deputada Carla Zambelli (PL-SP), ele não permanecerá preso e acompanhará em liberdade o processo de análise do pedido de extradição feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A diferença de tratamento entre os dois casos se deve a fatores jurídicos específicos. O primeiro é que Tagliaferro não foi incluído na lista vermelha da Interpol, medida que havia sido solicitada por Moraes no caso de Zambelli. Sem esse alerta internacional, a prisão dele não se enquadra como captura de procurado internacional.

Outro ponto é o histórico judicial de cada um. Tagliaferro não possui condenações no Brasil, enquanto Carla Zambelli já foi sentenciada pelo STF a 15 anos e três meses de prisão em duas ações penais.

A deputada foi para a Itália em julho e acabou presa em agosto, permanecendo sob custódia enquanto a Justiça italiana avalia o pedido de extradição encaminhado pelo Supremo. Já no caso do ex-assessor, por não haver sentença criminal transitada em julgado, as autoridades italianas optaram por liberá-lo até que o processo seja examinado.

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