Mais um caso de assédio no ‘governo do amor’: "medo, coerção e privilégios" em órgão comandado por Freixo

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu inquérito para investigar acusações de assédio moral e discriminação na Embratur, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo. A investigação, conduzida pela Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região em Brasília, tem como foco dois diretores da instituição: Bruno Reis (marketing) e Roberto Gevaerd (gestão corporativa).

O inquérito foi instaurado após seis pessoas, majoritariamente mulheres, apresentarem denúncia coletiva à Procuradoria. Os denunciantes relatam favorecimento a aliados na distribuição de cargos, discriminação na concessão de gratificações e demissões sem justa causa na agência vinculada ao Ministério do Turismo. O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, não consta entre os investigados.

Na portaria que oficializou a abertura do inquérito, assinada na última terça-feira (30), o MPT afirma que a denúncia "em princípio, configura infringência à ordem jurídico-trabalhista e aos direitos coletivos dos trabalhadores". O órgão decidiu iniciar a investigação sem ouvir previamente as explicações da Embratur.

Os fatos sob investigação ocorreram durante 2024, período em que a agência também enfrentou acusações de manter funcionários trabalhando remotamente a milhares de quilômetros de Brasília, sem prestação de contas adequada ou clareza sobre suas funções.

A Embratur, comandada pelo ex-deputado Marcelo Freixo, informou que ainda não recebeu notificação oficial sobre o inquérito. Em comunicado, a agência afirmou que "prestará todos os esclarecimentos necessários aos órgãos competentes, de forma célere e colaborativa" quando for formalmente notificada.

A maior parte dos relatos sob investigação envolve o diretor de marketing Bruno Reis, funcionário de carreira da Embratur que assumiu o cargo em julho de 2024. O outro diretor investigado, Roberto Gevaerd, trabalha com Freixo desde a época em que este era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Segundo o cronograma estabelecido pelo MPT, os denunciantes serão ouvidos na primeira quinzena de outubro. Somente após esses depoimentos a Embratur será oficialmente notificada.

Quatro ex-funcionários da agência, que falaram sob condição de anonimato por temerem represálias, confirmaram o teor das denúncias apresentadas ao MPT. Um deles descreveu o ambiente interno como marcado por "medo, coerção e privilégios", onde existe "uma tensão muito grande lá na dentro de ir trabalhar e acabar sendo demitido, se você não fizer parte da panelinha. É um clima de caça às bruxas contra quem atua de forma independente e isenta".

Outro ex-colaborador mencionou um ambiente caracterizado por "intimidação em reuniões fechadas" e distribuição desigual de benefícios, incluindo viagens internacionais destinadas apenas a aliados, frequentemente sem justificativa técnica adequada.

Denúncias anteriores contra a Embratur resultaram na demissão de cinco pessoas e na abertura de um processo no Tribunal de Contas da União (TCU). Em maio deste ano, o tribunal arquivou o caso após verificar que uma auditoria interna da agência "identificou falhas na formalização e no acompanhamento do teletrabalho, como ausência ou atraso na assinatura de termos de responsabilidade, lacunas no controle de ponto e nos relatórios de atividades".

Os ministros do TCU consideraram que as medidas implementadas pela Embratur, incluindo a edição de uma resolução para regulamentar o trabalho remoto, foram "suficientes para mitigar os riscos identificados e prevenir a reincidência das falhas".

A Embratur afirmou que "ressaltamos que a agência já foi alvo de falsas acusações semelhantes no passado, apresentadas por bolsonaristas demitidos pela atual gestão. Todas essas denúncias mentirosas foram analisadas pelos órgãos de controle competentes e devidamente arquivadas por ausência de fundamentos".

A agência também destacou seu "compromisso institucional com a ética, a transparência e o respeito integral à legislação trabalhista e às normas de gestão pública". A Embratur argumenta que tem alcançado "resultados expressivos" no aumento do turismo internacional porque "tem um quadro de profissionais técnicos e mantém um ambiente de trabalho saudável e produtivo".

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da Redação