
Filho de ex-diretor do INSS de Lula movimentou R$ 23 milhões em dois anos e meio
03/10/2025 às 12:19 Ler na área do assinante
Eric Fidelis, advogado e filho do ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), movimentou R$ 23.506.314 entre fevereiro de 2023 e julho de 2025. A informação consta em relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) obtidos nesta sexta-feira (3). As transações ocorreram em conta conjunta com sua esposa e na conta de seu escritório de advocacia.
O valor movimentado pelo advogado destoa de sua renda mensal declarada de R$ 13.333,33, o que gerou alertas no Coaf. As operações, majoritariamente via Pix, incluem valores recebidos e enviados durante o período, envolvendo pessoas físicas e jurídicas ligadas ao esquema sob investigação da Polícia Federal (PF).
A Prospect Consultoria, que tem como sócio Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", figura entre as empresas que realizaram transações com Eric Fidelis. Documentos mostram que o advogado recebeu R$ 1.423.309 provenientes de seu próprio escritório, da Prospect e da Acca Consultoria.
"[O] principal ponto é a incompatibilidade entre valor de renda informada, atividade e movimentação a crédito recebido no período analisado, onde em sua maior parte através de transferências PFs e PJs relacionadas a atividade da empresa. Em que pese a aparente relação entre a atividade exercida e as contrapartes identificadas, esta comunicação é motivada pelo fato de haver suspeita de movimentação PJ em conta PF, não sendo possível descartar, de acordo com as informações reunidas sobre o cliente, a hipótese de movimentação de recursos na informalidade", destacou o Coaf em seu relatório.
A empresa Eric Fidelis Sociedade Individual de Advocacia registrou movimentações expressivas no mesmo período. Os documentos indicam que a firma arrecadou R$ 6.677.069 e distribuiu R$ 5.364.504. As investigações apontam que a empresa serviu como canal para transferir recursos para a conta pessoal do advogado e também para seu pai, André Fidelis.
André Fidelis foi demitido do INSS em julho de 2024. Segundo as investigações da PF, o ex-diretor atuava como intermediário para que entidades estabelecessem Acordos de Cooperação Técnica, permitindo descontos de mensalidades associativas na folha de pagamento dos aposentados.
O órgão de controle financeiro apontou como sinal de alerta a "movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira do cliente". O fato de o escritório de Eric Fidelis, especializado em direito previdenciário, manter relações com associações e atuar em processos contra o próprio INSS também despertou suspeitas.
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