
Empresário envolvido na farra do INSS é flagrado tentando converter R$ 59 milhões em criptomoedas
04/10/2025 às 17:06 Ler na área do assinante
Mauricio Camisotti, empresário sob investigação por fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), tentou converter R$ 59 milhões em criptomoedas 16 dias após a deflagração da Operação Sem Desconto pela Polícia Federal. A tentativa ocorreu em 8 de maio de 2025, quando Camisotti contatou o BTG Pactual solicitando a transferência de 40% de suas aplicações para ativos digitais. O banco identificou a movimentação atípica, bloqueou a transação e reportou o caso ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).
O COAF classificou a operação como "burla da identificação da origem, do destino, dos responsáveis ou dos destinatários finais". Na época, Camisotti mantinha aproximadamente R$ 148 milhões investidos na instituição financeira.
A defesa do empresário alegou, em nota, que o BTG Pactual encerrou unilateralmente sua conta após a operação policial, criando um cenário onde "foi imposta a necessidade de avaliar alternativas de alocação dos recursos". Os advogados afirmaram que a origem dos valores é lícita e que a transferência não foi concretizada.
Durante negociações com o banco, Camisotti manifestou interesse em receber "os valores mensais" que seriam depositados pelo advogado Nelson Willians, também investigado pela CPMI do INSS, em uma conta offshore. O empresário justificou que os repasses estariam relacionados à venda de um imóvel nos Estados Unidos, mas não apresentou documentos comprobatórios quando solicitados.
A defesa de Nelson Willians contestou essa versão, informando que seu cliente nunca possuiu propriedades nos Estados Unidos e que as transações mencionadas estariam relacionadas à venda de um imóvel em São Paulo.
Insatisfeito com as restrições, Camisotti solicitou reunião presencial com representantes do banco, pedido que foi negado. O empresário buscou informações sobre criptomoedas lastreadas em dólar e chegou a solicitar que funcionários do BTG Pactual abrissem contas em nome de terceiros como alternativa para viabilizar as transações bloqueadas.
Em agosto de 2024, o BTG Pactual já havia recusado um empréstimo de R$ 16 milhões solicitado por Camisotti. Na ocasião, ele pretendia repassar o valor ao empresário e ex-deputado estadual de Santa Catarina, Antônio Luz Neto, oferecendo-se como garantidor da operação.
A justificativa apresentada foi que os valores seriam utilizados para quitar um contrato caracterizado como "um adiantamento comissional de serviços de corretagem de seguros realizados pelas empresas de Antônio para Maurício". O banco identificou elementos suspeitos e detectou "indícios de lavagem de dinheiro" na solicitação.
Em novembro de 2024, Camisotti tentou realizar outro empréstimo em nome de terceiros, para Felipe Pacheco Borges, no valor de R$ 4,6 milhões. O empresário justificou que Borges havia adquirido três unidades de uma empresa dele por apenas R$ 5 mil. A discrepância entre os valores levou o banco a negar também esta operação.
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