Surgem os primeiros números do enorme prejuízo da Netflix após boicote

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A Netflix atravessa um de seus momentos mais críticos em 2025, após o bilionário Elon Musk lançar, na última quarta-feira (1º), uma campanha pública pedindo que usuários cancelem suas assinaturas. O movimento, que ganhou força nas redes sociais, especialmente no X (antigo Twitter), provocou uma sequência de quedas nas ações da plataforma e apagou bilhões de dólares de seu valor de mercado em poucos dias.

O boicote começou quando Musk acusou a empresa de promover uma “agenda ideológica” em produções infantis e pediu aos seguidores que “cancelem a Netflix”. Em um dos posts mais compartilhados, o magnata escreveu:

“Cancel Netflix for the health of your kids” (“Cancelem a Netflix pela saúde de seus filhos”).

As mensagens foram rapidamente adotadas por perfis conservadores que apontaram a série Dead End: Paranormal Park — protagonizada por um personagem trans — como símbolo dessa suposta influência ideológica.

A reação foi imediata. Segundo relatos, o criador da animação, Hamish Steele, passou a receber ataques e mensagens homofóbicas nas redes após a campanha de Musk.

Os efeitos no mercado foram expressivos. No dia anterior ao início do boicote, terça-feira (30), as ações da Netflix fecharam cotadas a US$ 1.198,92. Já na quarta (1º), após as primeiras publicações do empresário, o papel recuou para US$ 1.170,90 — queda de 2,34%. Na quinta (2), os protestos continuaram e as ações caíram novamente, fechando a US$ 1.162,53, acumulando retração de 3,04% desde o início do movimento.

A sexta-feira (3) consolidou a pior sequência do período: o valor das ações chegou a US$ 1.153,32, somando uma queda total de 3,8% em apenas três dias. Em termos financeiros, a desvalorização ultrapassa US$ 15 bilhões — o equivalente a cerca de R$ 100 bilhões — podendo alcançar US$ 17 bilhões caso o recuo continue.

Até o momento, a Netflix mantém silêncio sobre o boicote. Especialistas do mercado financeiro avaliam que é cedo para medir o impacto direto nas assinaturas, já que o reflexo de cancelamentos só aparece nos relatórios trimestrais. No entanto, o chamado “efeito Musk” já é considerado um fator relevante de instabilidade, capaz de pressionar investidores e abalar temporariamente a confiança no gigante do streaming.

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da Redação