Partido afasta ministro de Lula e abre processo de expulsão
08/10/2025 às 14:45 Ler na área do assinanteO União Brasil decidiu nesta quarta-feira (8/10) afastar o ministro do Turismo, Celso Sabino, abrindo um processo que pode culminar em sua expulsão definitiva do partido. A executiva nacional considerou que o ministro cometeu infidelidade partidária ao insistir em permanecer no governo do petista Lula, contrariando a nova diretriz da legenda.
A reunião que definiu o afastamento ocorreu na sede nacional do partido, em Brasília, com a presença do próprio Sabino. O encontro também resultou na aceitação de duas representações internas contra o ministro. A primeira diz respeito à dissolução do diretório do União Brasil no Pará, cujo novo comando deve ser anunciado nos próximos dias. A segunda trata especificamente do processo disciplinar que pode resultar na expulsão de Sabino, o qual, segundo fontes internas, deverá se estender por cerca de dois meses antes da decisão final.
De acordo com informações, apenas duas vozes discordaram da dissolução do diretório paraense, e apenas o próprio Sabino votou contra seu afastamento. Mesmo assim, ele alega ainda ter o apoio de parte da bancada da legenda.
Após o anúncio, o ministro reagiu com descontentamento e classificou a decisão como prejudicial ao país. Segundo Sabino, o afastamento ocorre em um momento inoportuno, a menos de um mês da COP30 — Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 — que será realizada em Belém, sua cidade natal.
“É no meu estado, na cidade onde eu nasci, e temos muita coisa ainda a entregar e a fazer até a realização desse evento, por responsabilidade que tenho, não só com o governo, mas principalmente com as ações que estão em andamento no Ministério do Turismo, com a realização dessa conferência e com outras entregas que estamos fazendo no Ministério do Turismo. Sigo ao lado do presidente Lula também por entender que esse é o melhor projeto para o país”, declarou o ministro.
Sabino também criticou o partido, afirmando que o União Brasil “tem tomado decisões equivocadas, açodadas”, e prometeu continuar dialogando com o Conselho de Ética da legenda para tentar reverter o processo.
“O momento eleitoral deve ser deixado para o prazo eleitoral”, argumentou.
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da Redação