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Petistas atacam FHC por descartar conversa com Lula e Dilma

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Através do Facebook, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso finalmente descartou qualquer possibilidade de conversa com o ex-presidente Lula e a atual presidente Dilma Roussef. FHC pontuou: 'qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo'.

Diante da postagem de FHC, alguns petistas foram ao ataque, não perdoando o ex-presidente:

O deputado federal Wadih Damous (PT/RJ), afirmou: "É lamentável que se pronuncie desta forma". Damous ressaltou ainda que em nenhum momento o governo acenou por um pedido de ajuda ao ex-presidente. "Ele [FHC] se colocou como figura mesquinha. Um ex-presidente que, independente do partido, se recusa a conversar com o atual mandatário do país, para um possível pacto de governabilidade, demonstra que não está à altura das necessidades do povo", disse o parlamentar.

Damous observou que FHC ainda vem demonstrando uma postura de "ambiguidade" na sua relação com o governo, mudando de opinião "a cada hora". Na opinião do parlamentar, o diálogo é sempre importante, mas não "crucial" como medida para tirar o país de uma crise. 

O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, hoje secretário de Relações Governamentais da prefeitura de São Paulo, ironizou a recusa de FH. “Hoje, com a fala de FHC, surgiu o cancelamento da reunião nunca tentada”, escreveu ele no Twitter.

A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, também não viu com bons olhos a declaração de FHC no Facebook e concluiu - "falta ao Brasil uma postura mais republicana". Vitral acredita que a postura de FHC, assim como também do senador Aécio Neves (PSDB/MG), tenta "aglutinar o que há de mais conservador para derrotar o governo". No entanto, ela ressalta que o país precisa de um diálogo que a presidenta Dilma ou mesmo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estejam tentando travar em favor dos melhores rumos para o país.  

"Ao mesmo tempo que a UNE, de forma crítica, sinaliza para o governo que o melhor caminho para sair da crise não é o corte na educação, a gente também não vai marchar ao lado de quem levantar uma bandeira do golpe militar ou qualquer outra que, de forma oportunista, tenta jogar na instabilidade, que não ajuda em quem quer ver o Brasil avançar", avalia a líder estudantil. 

da Redação Ler comentários e comentar