Sede insaciável de Lula por impostos causa êxodo de empresas para o Paraguai

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Desde o início desse terceiro mandato o Governo Lula subiu ou criou impostos 24 vezes desde 2023 – uma a cada 37 dias. O resultado dessa sanha arrecadatória é um verdadeiro êxodo corporativo que impacta tanto a economia brasileira, que perde empregos e arrecadação, quanto a paraguaia, que ganha um dinamismo industrial inédito em sua história.

Centenas de empresas e empreendedores brasileiros já migraram para o Paraguai em busca de uma carga tributária muito mais leve, energia abundante e barata, legislação trabalhista menos complexa e um regime especial de incentivos para exportadores conhecido como Lei de Maquila. Carga tributária baixa no Paraguai atrai empresas brasileiras.

Estima-se que 263 mil empresários e trabalhadores em nível gerencial migraram definitivamente para o Paraguai nos últimos 3 anos. Um dos principais fatores que pesam em favor dessa mudança é a carga tributária enxuta. Enquanto no Brasil a tributação corporativa média ultrapassa os 36% sobre o lucro, sem contar os casos de bitributação segundo dados da OCDE, no Paraguai as empresas convivem com um sistema simples e previsível.

Outro atrativo poderoso é o custo da energia elétrica. O Paraguai é dono de uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo, Itaipu Binacional, construída em parceria com o Brasil, além de outras como Yacyretá. Graças a essa capacidade de geração, o Paraguai oferece uma das tarifas de eletricidade mais baratas da América do Sul. Segundo dados da ANDE (Administración Nacional de Electricidad), o custo médio para indústrias é 60% inferior ao praticado no Brasil.

Um alívio para empresas brasileiras, acostumadas a conviver com mudanças constantes bandeiras tarifárias, reajustes imprevisíveis e riscos de racionamento, essa diferença é um fator determinante para a competitividade. Setores que consomem muita energia, como alimentos processados, refrigeração e metalurgia, veem no Paraguai uma chance de reduzir drasticamente a conta de luz.

Além da carga tributária simplificada, o Paraguai implementou a Lei de Maquila, que concede benefícios especiais para empresas que exportam sua produção. Nesse regime, a tributação cai para 1% sobre o valor agregado em território paraguaio, um dos incentivos mais agressivos do mundo.

Enquanto perdemos empresas e empregos para o Paraguai, Uruguai e até os Estados Unidos vimos governo federal lutar com todas as forças nessa semana para manter uma medida provisória que aumentava tributos. Momentaneamente vencemos essa pequena batalha, mas isso prova que nosso governo está na contramão do progresso e pretende continuar nesse caminho.

Foto de Eduardo Negrão

Eduardo Negrão

Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.