O Nobel que desmascara a farsa democrática da Venezuela e expõe o silêncio cúmplice de Lula
11/10/2025 às 09:44 Ler na área do assinanteO Prêmio Nobel da Paz de 2025 foi concedido à corajosa Maria Corina Machado, líder venezuelana que há anos enfrenta a brutal perseguição do regime do narcoditador Nicolás Maduro. Uma mulher que não se dobrou diante das ameaças, da censura e da violência política. Uma mulher que simboliza a esperança de um povo aprisionado por um sistema de poder corrupto e autoritário.
Justíssimo reconhecimento. Merecidíssimo prêmio. Felicitaciones, Maria Corina!
O Comitê Norueguês do Nobel, ao anunciar a vencedora, fez uma declaração que soa como uma verdade simples, mas que muitos preferem fingir não ouvir:
“O Comitê Norueguês do Nobel decidiu conceder o Prêmio Nobel da Paz de 2025 a Maria Corina Machado por seu trabalho incansável promovendo os direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia.”
Ditadura. A palavra está lá, clara, inequívoca.
Enquanto o mundo civilizado reconhece que a Venezuela vive sob um regime ditatorial, há quem insista em chamar Maduro de “presidente eleito” e o seu governo de “democracia popular”. Entre esses, lamentavelmente, está o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que insiste em defender o indefensável, tratando o tirano de Caracas como um aliado legítimo e não como o opressor que é.
O Nobel da Paz deste ano é mais do que uma homenagem, é uma denúncia.
Uma denúncia contra a violação dos direitos humanos, contra o silêncio cúmplice das lideranças latino-americanas, e contra a hipocrisia diplomática que tenta relativizar o sofrimento de um povo.
Maria Corina Machado não ganhou apenas um prêmio. Ela recebeu o reconhecimento mundial por algo que o regime tenta calar: a voz da liberdade.
E, ao premiá-la, o Comitê do Nobel expôs, de forma elegante porém contundente, a falácia daqueles que insistem em chamar tirania de democracia.
Que o mundo escute a mensagem que vem de Oslo.
A Venezuela não é uma democracia.
E, enquanto houver quem lute por liberdade, haverá esperança.
Henrique Alves da Rocha
Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.