O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o ministro de Lula, Celso Sabino, se estranharam durante reunião do União Brasil, partido ao qual ambos são filiados. O encontro, realizado na quarta-feira (8), resultou na abertura do processo de expulsão de Sabino do partido.
Sabino recebeu críticas por sua permanência no governo federal, posição que contraria o posicionamento do União Brasil. Caiado disse que Sabino continuar no partido era "de uma imoralidade ímpar".
Em resposta, o ministro questionou Caiado se ele continuaria na legenda caso não fosse escolhido como candidato do partido à Presidência da República, considerando a aparente preferência do dirigente partidário Antonio Rueda por apoiar Tarcísio de Freitas. O governador não respondeu ao questionamento.
Sabino declarou ainda que só daria resposta a Caiado "quando ele atingir 1,5% nas pesquisas". A frase reproduz o que Lula disse a Caiado durante um debate televisivo em 1989. Sabino havia assistido a um vídeo com esta cena dias antes do encontro partidário.
O episódio acontece enquanto circulam informações sobre o futuro político de Caiado. No domingo (5), surgiram indicações de que o governador de Goiás possui um plano alternativo caso não seja o candidato oficial do União Brasil. Caiado manteve conversas com o Solidariedade, partido liderado por Paulinho da Força, que teria demonstrado abertura para uma possível filiação do governador.
A situação mostra divisões internas no União Brasil, com o processo de expulsão de Sabino indicando um possível rompimento entre o ministro e o partido. Ao mesmo tempo, a articulação de Caiado com outra legenda indica que ele considera a possibilidade de mudança partidária para viabilizar sua candidatura presidencial nas eleições de 2026.
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da Redação