

O deputado José Medeiros publicou um longo texto em suas redes sociais sobre a saída de Luis Roberto Barroso do STF:
Fique, ministro Barroso, a fuga não o libertará.
Fique, ministro Barroso.
Não fuja agora que o espelho começa a devolver a imagem inteira.
Eu estava no Senado quando o senhor começou a erguer sua catedral, aquela Corte que prometia ser farol da razão, tribunal das luzes, oráculo de uma nova república. O tempo, porém, é o mais implacável dos juízes: ele revela quando o iluminismo era apenas vaidade de vitrine e quando a toga virou bandeira.
Dizem que os construtores de ruínas têm um instinto comum, ao primeiro tremor, escapam pela porta dos fundos, com o ar de quem sempre soube que o prédio não resistiria. Mas não, ministro. O senhor deve permanecer.
Porque cada fissura na autoridade do Supremo tem sua assinatura filosófica.
Foi o senhor quem ensinou aos aprendizes de poder que a Constituição podia ser moldada à vontade, como se fosse argila moral em mãos “iluminadas”.
Foi o senhor quem trocou o verbo julgar pelo verbo salvar, como se juízes fossem apóstolos e não servidores da lei.
Dessa doutrina, que prometia modernidade e redenção, nasceu um monstro institucional: um tribunal que legisla, um juiz que prega, um voto que milita.
O “neoconstitucionalismo” virou escudo de conveniências, abrigo de arbitrariedades e púlpito de discursos travestidos de sentenças.
Agora, quando as rachaduras se alargam e a confiança pública se esvai, o senhor fala em sair.
Mas sair agora é mais do que uma aposentadoria: é uma fuga simbólica.
Seria deixar o palco no exato instante em que o público desperta para a farsa.
Fique, ministro.
Fique para ver o preço da engenharia que o senhor desenhou.
Fique para ouvir o som das certezas desabando.
Fique para compreender, enfim, que o Supremo não é assembleia constituinte nem tribuna de redentores.
E, se decidir sair, que ao menos o faça com a honestidade dos que reconhecem o erro não dos que se escondem dele.
Porque o senhor pode deixar o tribunal, mas o tribunal que o senhor ajudou a formar não deixará tão cedo o Brasil.
E esse será o verdadeiro julgamento:
o da história.
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