Esquerdista tenta interromper discurso de Trump e é expulso do Parlamento israelense
14/10/2025 às 10:00 Ler na área do assinante
O deputado israelense Ofer Cassif, membro do partido Hadash, de orientação política de extrema esquerda, foi expulso do Parlamento de Israel (Knesset) nesta segunda-feira (13) após interromper aos gritos o discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Cassif começou a protestar enquanto Trump elogiava o trabalho de seu enviado especial, Steve Witkoff, destacando seu papel na consolidação do que chamou de “paz no Oriente Médio”. Ainda não se sabe exatamente o conteúdo das palavras de Cassif, mas sua manifestação provocou imediata reação no plenário: a maioria dos parlamentares vaiou o deputado e aplaudiu Trump, enquanto seguranças retiravam o manifestante do local.
Outro membro da Knesset também foi removido após tentar iniciar um protesto semelhante. A sessão, marcada por forte presença diplomática e ampla cobertura internacional, ocorreu em Jerusalém, como parte da visita de Trump após a libertação dos últimos reféns mantidos pelo grupo Hamas.
Horas antes do discurso, Ofer Cassif publicou em sua conta na rede X (antigo Twitter) uma longa mensagem criticando a visita do presidente americano.
“Hoje, Trump chega à Knesset para fazer um discurso de vitória, sem dúvida cheio de autoelogios e mentiras. Com seu total apoio ao governo assassino, ele não apenas possibilitou a continuação do genocídio, mas também o abandono contínuo dos sequestrados. Não o agradeça: vaiá-o!”, escreveu.
O deputado já era conhecido por suas posições radicais contra as ações militares de Israel em Gaza. Em julho, ele havia sido suspenso por dois meses de suas atividades parlamentares após declarar que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deveria ser investigado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra — segundo o jornal Times of Israel.
Durante o discurso, Trump foi ovacionado diversas vezes pelos parlamentares israelenses. O presidente afirmou que “a libertação dos reféns representa a vitória da força e da determinação de Israel” e reiterou seu apoio “inquebrantável” ao governo israelense.
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