O empresário Elon Musk colocou uma equipe de advogados à disposição da brasileira naturalizada norte-americana Flávia Magalhães, alvo de um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito dos inquéritos das chamadas “milícias digitais”.

Segundo ela, os profissionais foram contratados e pagos por Musk para atuar em sua defesa nos Estados Unidos.

“A equipe do Elon Musk entrou em contato comigo, pediu que eu fosse a Washington e colocou uma bancada de advogados à minha disposição. 

Não vou pagar nada. 

Eles me defendendo”, afirmou, em entrevista à Revista Oeste.

Residente na Flórida há 23 anos e cidadã norte-americana desde 2012, Flávia afirma estar impedida de entrar no Brasil desde 2024. De acordo com seu advogado, Paulo Faria, nem mesmo o número do processo no Supremo Tribunal Federal (STF) foi disponibilizado.

“Até hoje, meu advogado não sabe do que estou sendo acusada”, declarou.

O caso ganhou destaque internacional em junho de 2023, quando suas contas na plataforma X (antigo Twitter) foram bloqueadas no Brasil por determinação de Alexandre de Moraes. Flávia relatou que só soube da decisão após ser avisada por seguidores de que seu perfil estava “indisponível no território brasileiro por determinação judicial”.

Em dezembro daquele mesmo ano, ao desembarcar no Recife para realizar um tratamento odontológico, ela foi abordada por agentes da Polícia Federal, que informaram sobre uma ordem para reter seu passaporte sob suspeita de falsificação.

“Nunca falsifiquei nada. Sou cidadã norte-americana, tenho toda a documentação legal. Era perseguição política”, afirmou.

De volta aos Estados Unidos poucos dias depois, Flávia contou que descobriu a existência de um mandado de prisão expedido por Moraes em 8 de fevereiro de 2024.

“Se tivesse voltado ao Brasil naquele mês, teria sido presa no aeroporto”, disse.

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