
Família se manifesta sobre “enredo misterioso” na morte de conhecida influenciadora e filha no RJ
15/10/2025 às 13:50 Ler na área do assinante
A modelo Lidiane Aline Lorenço, de 33 anos, e sua filha, Miana Sophya Santos, foram encontradas sem vida em 9 de outubro de 2025, no apartamento onde residiam na Avenida Lúcio Costa, Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A Polícia Civil investiga as circunstâncias das mortes e aguarda os resultados de exames de necropsia para determinar as causas dos falecimentos.
De acordo com o depoimento prestado pela síndica do condomínio à 16ª DP (Barra da Tijuca), mãe e filha foram vistas com vida pela última vez em 4 de outubro, quando frequentavam um salão de beleza localizado no próprio edifício. As autoridades não identificaram sinais aparentes de violência no imóvel durante a perícia inicial.
A investigação revelou que Lidiane e Miana, naturais de Santa Catarina, moravam no Rio há alguns anos. A adolescente havia se mudado recentemente para viver com a mãe na capital fluminense, após um período de separação.
O caso ganhou repercussão internacional, sendo noticiado pelo jornal britânico "Daily Mail", que descreveu o ocorrido como um "enredo misterioso". A publicação mencionou que moradores do prédio "teriam alertado a administração do prédio após sentirem um cheiro forte vindo do apartamento" e caracterizou Lidiane como uma "influenciadora glamourosa, conhecida nas redes sociais, e que os corpos dela e da filha foram encontrados em cômodos diferentes do imóvel".
Nas plataformas digitais, Lidiane mantinha mais de 50 mil seguidores, compartilhando conteúdos sobre sua vida profissional e pessoal. Nos meses anteriores à sua morte, a modelo havia diminuído sua presença online. Em sua última publicação no Instagram, datada de 18 de fevereiro, ela escreveu: "Por trás de toda mulher forte existiu uma garota que não tinha escolha...aprendia a nadar ou afundava".
Além da carreira de modelo, Lidiane divulgava em suas redes sociais sua rotina como estudante de medicina. Em uma postagem do ano passado, ela refletiu: "O mais importante na vida não é número de vezes que você cai, mas o número de vezes que está disposto a se levantar e tentar de novo. Medicina não é você quem escolhe. Ela te escolhe".
A família das vítimas emitiu um comunicado oficial expressando seu pesar pela perda. "É com profunda dor e consternação que a família de Lidiane Aline Lorenço, tendo em vista seu falecimento, e as inúmeras notícias sobre o tema, neste momento de luto inestimável, declara estar de coração partido pela partida prematura de uma mulher cheia de vida, sonhos e um amor imensurável pela sua filha, Miana Sophia", inicia a nota.
O documento também esclarece aspectos da vida profissional de Lidiane.
"Apesar de ter alcançado sucesso como empresária e modelo, um de seus maiores anseios era realizar o sonho de se tornar médica. Esse desejo não era apenas fruto de uma vocação, mas também impulsionado por sua própria condição de saúde, que a fez enxergar a medicina com um olhar de profunda empatia e dedicação", afirma o texto.
A família contesta informações divulgadas sobre a trajetória profissional da modelo: "Cursava medicina e sonhava em ser médica, sendo falsas as informações de algumas mídias de que teria abandonado a profissão de médica para ser influencer digital".
O comunicado também solicita respeito durante este período.
"Neste momento de extrema fragilidade, a família pede, encarecidamente, respeito e empatia. A memória de Lidiane e sua filha devem ser preservadas. É inaceitável que, em meio a tamanha dor, boatos maldosos e especulações infundadas tentem macular sua imagem", ressalta a nota.
A família finaliza pedindo cautela na divulgação de informações:
"Considerando que ainda não há provas sólidas do que realmente aconteceu, solicitamos à imprensa e ao público em geral que aguardem as apurações oficiais, evitando a propagação de informações não confirmadas que apenas aumentam o sofrimento de todos que amavam Lidiane e Miana Sophia".
A nota é assinada pela família, representada pelos advogados Dr. José Orlando Senna e Rodrigo Moulin Leite, do escritório Senna Advogados. As investigações prosseguem sob responsabilidade da 16ª DP da Barra da Tijuca.
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