
Inesperadamente, Trump concede "perdão" a ex-deputado filho de brasileiros
18/10/2025 às 10:40 Ler na área do assinante
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (17/10) a comutação da pena do ex-deputado republicano George Santos, condenado a sete anos de prisão por fraude eletrônica e roubo de identidade. A decisão, divulgada por meio da rede social Truth Social, equivale a um perdão parcial e garante a libertação imediata do ex-parlamentar.
Em sua justificativa, Trump comparou a situação de Santos a casos semelhantes envolvendo políticos do Partido Democrata, afirmando que o ex-deputado foi alvo de um tratamento injusto e desproporcional.
“George Santos foi, de certo modo, desonesto, mas há muitos desonestos em todo o nosso país que não são obrigados a cumprir sete anos de prisão. […] George passou longos períodos em confinamento solitário e, segundo relatos, foi terrivelmente maltratado. Portanto, acabei de assinar uma comutação, liberando George Santos da prisão, IMEDIATAMENTE. Boa sorte, George, tenha uma ótima vida!”, escreveu Trump.
Filho de pais brasileiros, Santos representou o estado de Nova York na Câmara dos Representantes entre 2023 e 2024, tornando-se uma figura polêmica no cenário político americano. Seu nome ganhou destaque não apenas por suas posições conservadoras, mas também pelas inúmeras controvérsias envolvendo sua trajetória pessoal.
A reputação de Santos começou a ruir após investigações revelarem que partes significativas de sua biografia — como formações acadêmicas, empregos e antecedentes familiares — haviam sido inventadas. Em uma de suas declarações mais controversas, ele chegou a afirmar que era descendente de judeus sobreviventes do Holocausto.
Em 2023, o ex-deputado foi acusado formalmente de desviar doações de campanha para uso pessoal e de utilizar a identidade de apoiadores em esquemas fraudulentos de arrecadação. No ano seguinte, em agosto de 2024, Santos firmou um acordo judicial admitindo culpa pelos crimes e aceitando uma pena de prisão federal. Desde julho de 2025, ele cumpria pena em uma instituição de segurança mínima localizada em Nova Jersey.
Segundo comunicado da Casa Branca, a comutação da pena não isenta Santos das obrigações financeiras impostas pela Justiça. Ele continuará responsável por pagar as multas e devolver os valores obtidos de forma ilegal.
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