Ator de Tropa de Elite dá "lição" em Wagner Moura (veja o vídeo)

Ler na área do assinante

O ator Sandro Rocha, conhecido pelos filmes Tropa de Elite (2007) e Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro (2010), voltou a causar repercussão ao comentar sobre o colega de elenco Wagner Moura. 

Rocha afirmou que o intérprete do Capitão Nascimento “se esconde atrás de uma espiral de silêncio” e acusou o ator de seguir uma agenda ideológica apoiada pela grande mídia.

A polêmica surgiu após Wagner Moura, em uma entrevista recente, citar três filmes nacionais que todo brasileiro deveria assistir — sem incluir Tropa de Elite. A ausência foi criticada por Sandro Rocha, que considerou a atitude uma forma de negar o impacto cultural do longa.

“O Wagner é livre para escolher o que quiser. O problema é que ele se esconde atrás de uma espiral de silêncio, de uma tentativa de roubar o senso comum da população, apoiado por uma mídia que se coloca como se fosse verdade. Todo mundo começou a se interessar pelo trabalho do Wagner a partir de Tropa de Elite, e não citar o filme mais visto da história do cinema nacional não tem a ver com escolha individual, mas com o fato de eles acharem que o filme é fascista. A cultura no Brasil foi aparelhada, e a esquerda tem calado as pessoas na base do medo”, afirmou.

Sandro, que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro, também relatou ter sofrido retaliações por causa de sua posição política. Segundo o ator, a perseguição dentro do meio artístico o afastou de diversos trabalhos.

“Eu jamais imaginei que, dentro da classe artística, você não pudesse ter opinião divergente. Sempre fui uma pessoa que não abre mão da minha independência e da minha forma de me expressar, e paguei o preço por isso. Fui afastado da minha profissão por conta da minha posição política pró-Bolsonaro. Tiraram-me de filmes para os quais eu já estava escalado, e houve uma perseguição nos bastidores para que eu não fosse contratado”, declarou.

O artista, que está fora das novelas desde 2017 — quando participou de Apocalipse, da Record —, contou que atualmente atua no mercado imobiliário e praticamente se desligou da arte.

“Minha carreira nunca foi pautada apenas na expressão artística. Sempre fui empresário e trabalho desde os 13 anos. Eu vendia sorvete e brigadeiro no meu condomínio para ajudar nas despesas de casa. Nunca dependi 100% da minha carreira, mas hoje minha relação com a arte é zero, é uma relação de saudade. Minha carreira me foi tirada por conta do meu posicionamento”, afirmou.
da Redação