O San Lorenzo, um dos clubes mais tradicionais da Argentina, enfrenta uma grave crise financeira e vive uma corrida contra o tempo para evitar a falência. A equipe de Buenos Aires tem até o próximo domingo (19) para quitar uma dívida de 4,4 milhões de euros — cerca de R$ 28 milhões — com o fundo suíço AIS Investment Fund, segundo informações divulgadas pela CNN Brasil.

O impasse judicial teve início em 2020, quando o clube recorreu a um empréstimo junto ao fundo europeu, oferecendo como garantia o valor da futura venda do atacante Adolfo Gaich ao CSKA Moscou, da Rússia. No entanto, quando o pagamento da transferência foi efetuado, o clube russo enviou o valor diretamente ao San Lorenzo, e não ao credor original. A quantia adiantada nunca foi devolvida, o que deu origem à disputa judicial.

Após quatro anos de processo, a Justiça determinou que o San Lorenzo deve quitar integralmente o valor corrigido, incluindo juros, e informou que não há possibilidade de recurso. Segundo a emissora argentina TyC Sports, caso o clube não efetue o pagamento dentro do prazo, poderá ser declarado em falência.

A situação tem gerado grande preocupação entre torcedores, dirigentes e ex-dirigentes, que agora buscam alternativas emergenciais para evitar o colapso financeiro. A diretoria tenta negociar acordos com investidores e patrocinadores, mas o tempo é curto.

Fundado em 1908, o San Lorenzo é considerado um dos “cinco grandes” do futebol argentino, ao lado de Boca Juniors, River Plate, Independiente e Racing. A equipe também é reconhecida por sua forte ligação com o papa Francisco, torcedor declarado do clube.

Com o prazo final se aproximando, a pressão cresce nos bastidores. Caso não consiga levantar o montante necessário, o San Lorenzo poderá enfrentar uma das situações mais delicadas de sua trajetória — um possível colapso institucional que deixaria uma mancha profunda em sua tradição no futebol argentino.

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