
“Gênio do crime” chefe da farra do ICMS pagava pensão para “sugar baby” gay: “honorários por serviços prestados”
20/10/2025 às 10:19 Ler na área do assinante
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) descobriu que Artur Gomes da Silva Neto, ex-auditor fiscal da Secretaria da Fazenda (Sefaz) de São Paulo, utilizava dinheiro de um esquema de fraude fiscal para financiar a vida de luxo de seu amante, Francisco de Carvalho Neto. A investigação revela que o esquema movimentou R$ 1 bilhão e parte desses recursos era destinada ao relacionamento entre os dois.
A denúncia do MPSP aponta que Francisco de Carvalho Neto, identificado como "sugar baby do ICMS", recebia aproximadamente R$ 100 mil mensais de Artur. Em depoimento durante a Operação Ícaro, deflagrada em agosto, Francisco confirmou aos investigadores o recebimento desses valores, que classificou como "honorários pelos serviços prestados".
Artur, que já foi considerado um dos profissionais mais promissores do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e ocupou cargos estratégicos na Sefaz, comandava um esquema que inflava créditos de ICMS e beneficiava empresas como Fast Shop e Ultrafarma.
O Grupo Especial de Repressão a Delitos Econômicos (Gedec) calculou que Artur recebeu cerca de R$ 383,6 milhões em propinas entre 2021 e 2024. Os promotores afirmam que, desse total, R$ 5,1 milhões foram transferidos diretamente para Francisco.
Mensagens interceptadas pelo MPSP mostram que o relacionamento entre Artur e Francisco ia além do profissional. O ex-auditor bancava viagens internacionais, moradia e artigos de luxo para o parceiro. Parte do dinheiro foi usada na compra do apartamento onde Artur morava, embora o imóvel estivesse registrado em nome de Francisco.
Para ocultar a origem ilícita dos recursos, o grupo usava a empresa Smart Tax, registrada no nome da mãe de Artur, Kimio Mizukami da Silva, também denunciada no caso. A companhia emitia notas fiscais falsas para justificar os altos repasses das empresas beneficiadas pelo esquema.
A investigação identificou ainda que dois imóveis inicialmente comprados por Francisco foram depois transferidos para a Smart Tax, numa tentativa de esconder a procedência ilegal do dinheiro usado nas transações. Esta prática integrava um complexo sistema de lavagem de dinheiro operado pelo grupo.
Além de Artur, Francisco e a mãe do ex-auditor, a Justiça paulista analisa denúncias contra outras três funcionárias que teriam participado do esquema. O empresário Sidnei Oliveira, dono da Ultrafarma, foi preso em fases anteriores da operação, demonstrando a extensão da rede criminosa.
Segundo o Ministério Público, os envolvidos poderão responder por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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