
Investigação do esquema de venda de sentenças apura pagamento a filha de ministro
21/10/2025 às 17:52 Ler na área do assinante
Novos desdobramentos da investigação que apura um suposto esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ) revelam que a Polícia Federal (PF) encontrou indícios de um pagamento superior a R$ 1 milhão à filha de um dos ministros da Corte. O caso é central em uma investigação com ramificações na segunda mais importante corte do país.
O inquérito da PF aponta Andreson de Oliveira Gonçalves, que cumpre prisão domiciliar, como um "arquivo vivo" e suspeito de intermediar o contato entre empresários e gabinetes de ministros e desembargadores do STJ.
O rastreamento do suposto esquema teve início após o assassinato do advogado Roberto Zampieri em uma emboscada no Mato Grosso, em 2023. Zampieri seria parceiro de Andreson na articulação dos pagamentos. Nos celulares de ambos, a PF recuperou mais de 3.500 mensagens, algumas delas contendo ameaças, extorsões e promessas de que casos judiciais poderiam ser resolvidos mediante pagamento de propinas.
A Polícia Federal suspeita que ex-servidores que atuavam nos gabinetes dos ministros Og Fernandes, Paulo Moura Ribeiro, Nancy Andrighi e Isabel Gallotti recebiam dinheiro em troca de informações sensíveis e minutas de decisões judiciais. Essas informações seriam encomendadas pelos lobistas para favorecer empresários.
A investigação da PF também encontrou menções de pagamentos a Catarina Buzzi, filha do ministro do STJ Marco Buzzi. Um diálogo, encontrado em uma foto no celular de Andreson, indica que uma pessoa identificada como Carlos Chaves teria repassado R$ 1,2 milhão a Catarina Buzzi e a outra advogada.
A informação está detalhada em um relatório mantido sob sigilo pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A defesa de Catarina Buzzi se manifesta dizendo que a tentativa de envolvê-la na investigação é "descabida e maliciosa". A advogada nega conhecer Carlos Chaves e Andreson, e afirma que não recebeu qualquer pagamento.
O ministro Marco Buzzi, por sua vez, declara que “não acompanha as relações comerciais da filha ou de qualquer outro advogado”.
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