Um (zé) carioca esperto, inescrupuloso e que adora um "cafezinho"

Ler na área do assinante

Mario Cesar da Fonseca, atual Presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, protagoniza um curioso percurso profissional desde 1995, quando chegou a esta capital, vindo do Rio de Janeiro.

Passados vinte anos, o tempo revela à que veio e a que propósito e com qual disposição esse (Zé) carioca fixou residência em Campo Grande: ganhar dinheiro a qualquer custo, não importando os meios ainda que, doesse a quem doesse.

Logo que aqui chegou arrumou colocação no Setor de Fiscalização de Tributos Municipais com a providencial ajuda do então Deputado Federal André Puccinelli.

Um ano depois, Puccinelli elege-se Prefeito de Campo Grande.

Mario Cesar, pela porta da bajulação,

conseguiu ser guindado para uma chefia na área financeira da prefeitura quando, a partir de então, inicia uma trajetória ascendente atípica, galgando degraus cada vez mais elevados e estratégicos na hierarquia da quadrilha que ia se formando sob o controle de Puccinelli.

Nas duas gestões de André Puccinelli e durante o primeiro mandato de Nelsinho Trad, Mario Cesar manteve-se firme no cargo de chefia, até que, em 2008 elegeu-se vereador pelo PPS, partido fortemente influenciado por Puccinelli, agora Governador do Estado.

Como vereador cumpria a rigor as ordens emanadas do influente Governador. Não tinha o menor compromisso com o partido pelo qual se elegera, muito menos pelo eleitor que lhe confiou o voto.

Nas eleições de 2010, apoiou candidatos de outras legendas o que lhe rendeu a expulsão do PPS por infidelidade partidária. À época, Athayde Nery, então Presidente do Partido Popular Socialista (PPS-MS) chegou a insinuar que a eleição de Mario Cesar em 2008 somente fora conquistada graças a uma desenfreada compra de votos.

Em 2012, Mario Cesar novamente se vê envolvido em crime eleitoral de compra de votos, sendo, mesmo assim, reeleito vereador.

Atualmente, no exercício da Presidência da Câmara Municipal de Campo Grande, continua a serviço da quadrilha comandada pelo Ex-governador André Puccinelli e auferindo vantagens ilícitas em benefício próprio.

Sua disposição para encher os próprios bolsos continua voraz. O trêfego, ardiloso e astuto carioca está no seu segundo mandato e conta com um verdadeiro arsenal de maldades e falcatruas em sua folha corrida.

Embora tenha se livrado das acusações de crime eleitoral em razão de filigranas jurídicas e de sua aptidão para a infidelidade (partidária), o que lhe retira a autoridade moral, não se redime e vê-se novamente enredado em escândalos, juntamente com João Amorim, revelados recentemente.

A aproximação entre Mario Cesar e o gangster João Amorim tinha um propósito maior, engendrar o golpe que resultou na queda de Alcides Bernal, prefeito democraticamente eleito pela sociedade campo-grandense. Sua nefasta participação no enredo golpista que cassou o mandato de Bernal vem aos poucos se tornando pública em razão das investigações levadas a cabo pelas autoridades judiciárias. Já se sabe que, foi Mario Cesar que atuou fortemente junto a seus pares, aliciando vinte e três dos vinte e nove vereadores para votarem a favor da cassação do Prefeito eleito Alcides Bernal.

Mario Cesar é um sujeito tão desprezível e inconsequente que, tão logo o seu colega, o vereador Alceu Bueno, foi flagrado na prática de crime de pedofilia, saiu imediatamente em sua defesa acusando as vítimas, todas menores, de terem estimulado as práticas libidinosas; e, se caso fosse, não por isso, menos criminosas.

Na atual gestão municipal, é Mario Cesar que tem a chave do cofre público, o que lhe franqueia, além do cafezinho para Amorim, o desfrute de uma grande fatia do bolo de ilicitudes que granjeia impunemente os intestinos da prefeitura sob a batuta fiel e submissa do Prefeito posto, Gilmar Olarte.

Além da maioria esmagadora dos vereadores, Mario Cesar também atraiu para si a antipatia e a revolta da sociedade campo-grandense. 

O clamor popular, dessa gente de bem, cidadãos honestos, exige a ação firme e a mão forte da Justiça, em face de tantas e robustas provas da improbidade deste senhor, concernentes a inúmeras falcatruas desmascaradas.

Mario Cesar é em si mesmo, um ser infame, inescrupuloso e inconfiável que deve ser cassado e processado civil e criminalmente por todos os seus crimes e desvios de conduta. É o que espera a sociedade.

A sua submissão aos rigores da lei, condenado e cumprindo pena privativa de liberdade; esse homem não pode viver em comunidade. E ainda que se veja condenado e preso, que a Justiça determine com o mesmo rigor, pelos meios legais, o ressarcimento aos cofres públicos de “todos os ‘cafezinhos’ tomados à custa do povo.

José Tolentino

Editor do Jornal da Cidade Online

Foto de José Tolentino

José Tolentino

Jornalista. Editor do Jornal da Cidade Online.

Ler comentários e comentar