

O ex-primeiro-ministro, empresário e jornalista Francisco Pinto Balsemão faleceu nesta terça-feira (21.out.2025), aos 88 anos. Figura central na história política e mediática de Portugal, Balsemão foi um dos fundadores do PSD (Partido Social Democrata), de orientação de centro-direita, e criou o grupo Impresa, responsável pela rede de televisão SIC e pelo semanário Expresso.
O Partido Social Democrata emitiu um comunicado nesta quarta-feira (22.out) expressando pesar pela morte de quem descreveu como “uma das figuras maiores da democracia portuguesa”.

Nascido em Lisboa, em 1º de setembro de 1937, Balsemão iniciou sua trajetória no jornalismo e, em 1973, fundou o Expresso, um ano antes da Revolução dos Cravos — movimento que pôs fim à ditadura do Estado Novo, instaurada em 1933. O semanário tornou-se símbolo da liberdade de imprensa conquistada após 1974.
Logo após a revolução, uniu-se a Francisco Sá Carneiro e Joaquim Magalhães Mota para fundar o Partido Popular Democrata (PPD), atual PSD. Após a morte de Sá Carneiro no acidente de Camarate, em 1980, Balsemão assumiu a presidência do partido e, no início de 1981, tornou-se primeiro-ministro de Portugal, cargo que exerceu até 1983.
Visionário também no setor da comunicação, liderou em 1992 a criação da SIC (Sociedade Independente de Comunicação), a primeira emissora privada de televisão em Portugal, abrindo um novo capítulo na mídia portuguesa.
O presidente Marcelo Rebelo de Sousa lamentou a morte do ex-premiê e destacou seu legado em um comunicado oficial, no qual o descreveu como “visionário” e afirmou que “Portugal nunca o esquecerá”.
Na nota, Rebelo de Sousa exaltou as múltiplas contribuições de Balsemão à política, à liberdade de expressão e ao fortalecimento democrático do país. Relembrou sua atuação como deputado da Ala Liberal ainda sob o regime autoritário, seu papel na revisão constitucional que encerrou o Conselho da Revolução e sua militância contra a censura, com destaque para a fundação do Expresso e da SIC.
O presidente concluiu o texto com uma homenagem emocionada:
“Visionário, pioneiro, criativo, determinado, batalhador, democrata, social-democrata, europeísta e atlantista, esteve em quase todos os combates de meados dos anos 1960 até hoje. Portugal não o esquece. Portugal nunca o esquecerá.”
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