
Reabertura de investigação contra Valdemar oculta a mais sinistra e macabra intenção de Moraes
23/10/2025 às 10:11 Ler na área do assinante
Um artigo publicado pelo renomado jornalista Cláudio Dantas revela a real intenção do ministro Alexandre de Moraes. Para evitar um Congresso de maioria de direita o objetivo é extinguir o maior partido de oposição do Brasil, o PL.
Transcrevemos o texto. Confira:
Valdemar da Costa Neto só pensa em 2026; ou melhor, pensava. Ontem, Alexandre de Moraes resolveu acordá-lo do sonho de eleger um Congresso de direita sem Jair Bolsonaro. E o acordou da pior forma, mandando reabrir a investigação sobre sua participação na trama golpista.
O cacique do PL havia escapado da denúncia de Paulo Gonet, embora tenha sido o responsável por contratar Carlos Rocha, dono do Instituto Voto Legal (IVL), que elaborou um relatório pedindo a invalidação de 59,18% dos votos do segundo turno das eleições de 2022.
Ontem, por 4 a 1, a Primeira Turma condenou Rocha e outros seis réus por integrarem o chamado ‘núcleo de desinformação’. Foi durante o julgamento que Moraes resolveu reabrir a investigação contra Valdemar, mesmo sem fato novo e mesmo depois de encerrado o processo e prolatada a condenação.
Moraes deve ter se perguntado: Por que diabos deixarei solto o dono da legenda que abriga Bolsonaro, sua família e 90% dos políticos bolsonaristas com chances de vitória em 2026? Não será difícil para o ministro, que pode tudo, estabelecer uma relação entre o caixa partidário e a narrativa do golpe.
EXTINÇÃO DO PL
Depois de condenar Valdemar, a família Bolsonaro e 90% dos políticos bolsonaristas, não duvido que Moraes decrete a extinção do PL por uso na ‘tentativa de abolição do estado democrático’. Esse é exatamente o pedido feito à PGR no ano passado por Janones, que voltou da suspensão de 3 meses.
Em sua petição, ele alegou que ‘a continuidade das práticas do Partido Liberal representa uma ameaça direta à ordem democrática e à paz social’.
‘O apoio a discursos de descrédito institucional, culminando em atos de violência, demanda uma intervenção enérgica para preservar a estabilidade do Estado Democrático de Direito. Esse padrão contínuo de violência e ataques ao sistema democrático coloca em risco a estabilidade institucional do país e evidencia o papel central do Partido Liberal como catalisador de práticas que corroem a ordem democrática e incentivam a radicalização. A continuidade do PL no cenário político representa, assim, um perigo real à segurança do Estado Democrático de Direito.’
Em agosto, advogados do Espírito Santo também entraram com pedido de cassação do registro do PL, após parlamentares demonstrarem apoio às sanções dos Estados Unidos contra ministros do Supremo e pela imposição da Lei Magnitsky sobre Moraes. O partido também expulsou o deputado Antonio Carlos Rodrigues, que criticou as sanções.
Na peça, os advogados André Luiz Moreira e Wands Salvador Pessin alegam que a legenda atentou contra a soberania brasileira ao se subordinar a governo estrangeiro, citando os artigos 28 da Lei dos Partidos e 1º da Constituição.
RECADO PARA 2026
Interlocutores de Moraes garantem que ele já tem até um levantamento de todos os parlamentares e políticos filiados ao PL que se pronunciaram, em algum momento, contra as urnas eletrônicas. Ao condenar os 7 réus ontem, por ‘descredibilizarem o sistema eleitoral’, o ministro antecipou sua estratégia.
‘Para todos aqueles que insistem em desinformação, para todos aqueles que insistem na formação de discurso de ódio, antidemocrático, todos devem saber que ano que vem, que temos eleições, tanto a Justiça Eleitoral, quanto o Ministério Público, quanto a Justiça como um todo, estarão atentos, já com esse precedente do Supremo Tribunal Federal.’
O precedente foi criado pelo próprio TSE sob comando de Moraes em 2022 e agora se consolida como ‘jurisprudência’, mesmo sem lei antecedente que criminalize fake news, desinformação ou mesmo discurso de ódio e antidemocrático.
Há pouco, li de uma colunista da GNews que a turma do PL tomou ‘um susto de verdade’ com a reabertura da investigação, embora não fosse segredo para ninguém que o ministro e colegas de STF não iam parar em Bolsonaro.
Parafraseando Monark: Acorda, Valdemar! Já estamos em uma ditadura.
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