O fim está próximo: Esquadrão de elite que matou Bin Laden é detectado próximo à Venezuela

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O esquadrão militar de elite dos Estados Unidos "Night Stalkers" foi identificado realizando exercícios militares no Caribe, a menos de 150 km da costa venezuelana. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (23). O grupo, que participou da operação que eliminou Osama Bin Laden em 2011, foi reportado pelo Washington Post na semana passada, em um contexto de tensões entre EUA e o governo de Nicolás Maduro.

Oficialmente designado como 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais (SOAR), o grupo surgiu na década de 1980 com especialização em missões noturnas complexas. Apesar do nome "Caçadores da Noite" em tradução livre, o esquadrão também executa missões diurnas de alta precisão.

O arsenal do grupo inclui helicópteros de ataque pesados como o MH-60 Black Hawk e o MH-47 Chinook, além de modelos mais leves como o MH-6 e o AH-6 Little Bird. Uma divisão de drones de reconhecimento complementa suas capacidades operacionais.

"Sinceramente, acho que essas pessoas são os melhores pilotos de helicóptero do mundo… Eles são os pilotos de Fórmula 1 da aviação", declarou Steven Hartov, autor do livro The Night Stalkers, ao jornal britânico "The Guardian".

Imagens compartilhadas nas redes sociais no início de outubro mostraram helicópteros de ataque sobrevoando o mar do Caribe, próximos a plataformas de petróleo e gás. O Washington Post analisou imagens de satélite e identificou o navio MV Ocean Trader, frequentemente utilizado pelo grupo como base flutuante, em uma área a nordeste de Trinidad e Tobago.

Uma fonte do governo Trump confirmou ao Post a presença das aeronaves na região. Esta confirmação ocorre em um contexto onde Maduro é classificado como "narcoterrorista" pela administração americana.

Ao longo dos últimos 40 anos, os Night Stalkers participaram de diversas missões de alto risco para os Estados Unidos, principalmente no Oriente Médio contra grupos terroristas. A unidade ganhou notoriedade a partir de 2001, quando se tornou peça-chave na Guerra ao Terror após os ataques de 11 de setembro.

A presença no Caribe pode indicar uma mudança no foco operacional do grupo para a América do Sul. O esquadrão fornece apoio ao Comando Sul das Forças Armadas americanas, responsável por operações militares na América do Sul e no Caribe.

Para Maurício Santoro, doutor pelo Iuperj e colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil, a classificação de Maduro como "narcoterrorista" pode ter um propósito estratégico específico.

"Nos Estados Unidos, as Forças Armadas não têm atribuição constitucional de atuar em segurança pública, como ocorre no Brasil. Então, para uma operação contra a Venezuela, o argumento mais viável seria o combate ao terrorismo", explica o especialista.

O cientista político acrescenta que "O governo Trump parece tentar construir um caso jurídico e político para isso. Seria como apresentar para a opinião pública uma guerra como se fosse uma operação contra o tráfico de drogas, e uma forma de deslegitimar o regime de Maduro."

Santoro sugere que a presença dos Night Stalkers na região indica planejamento de operações especiais. "Pode ser, por exemplo, uma tentativa de capturar ou matar autoridades venezuelanas de alto escalão", explicou o professor.

Um mês antes da detecção do esquadrão, o Departamento de Justiça dos EUA ofereceu uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão do presidente venezuelano. O governo norte-americano enviou navios e aeronaves militares para o Caribe, próximo à costa da Venezuela, alegando tratar-se de uma operação contra o tráfico de drogas.

Nas semanas seguintes, diversos barcos foram bombardeados no Caribe. As autoridades americanas afirmaram que todas as embarcações transportavam drogas e "narcoterroristas". Em 15 de outubro, Trump declarou estar estudando a possibilidade de realizar ataques terrestres contra cartéis de drogas venezuelanos.

A movimentação dos Night Stalkers levantou na imprensa americana a hipótese de uma possível operação terrestre na Venezuela. Os helicópteros do esquadrão poderiam auxiliar no posicionamento das tropas norte-americanas em uma eventual missão. Uma fonte do governo americano afirmou ao Washington Post que os exercícios não deveriam ser interpretados como preparação para uma invasão.

Na quarta-feira (22), o Washington Post revelou que os Estados Unidos preparam uma escalada nas ações na costa da Venezuela que podem tirar Nicolás Maduro do poder. Agentes da CIA estariam diretamente envolvidos nestas operações, conforme indicam documentos confidenciais.

Trump já admitiu ter autorizado operações da CIA na Venezuela, informação inicialmente revelada pelo jornal "The New York Times", que mencionou "operações letais" como possibilidade. O Post informou que suas fontes tiveram acesso a um documento confidencial no qual o presidente norte-americano autoriza ações secretas e solicita "ações agressivas contra o governo venezuelano".

Segundo a reportagem do Post sobre o documento classificado: 

"O documento não ordena explicitamente que a CIA derrube Maduro, mas autoriza medidas que podem levar a esse resultado".

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da Redação