A “inocência” do filho de Cabral, o grande responsável pela transferência do pai

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O deputado Marco Antônio Cabral, não obstante a tenra idade, apenas 26 anos, já tem uma vida pregressa recheada de horrores.

O próprio mandato que exerce é questionável, pois conquistado a peso do dinheiro do pai, surrupiado dos cofres públicos do governo fluminense.

Na semana passada, foi determinada a transferência de Cabral para o presídio federal de Campo Grande (MS).

O filho se revoltou, disse que a decisão é “sem jurisprudência no nosso ordenamento jurídico, ilegal e absurda”.

Na sequência ele atribui a atitude do juiz Marcelo Bretas a uma suposta ameaça desferida pelo pai:

“(…) Quanto à parte em que o juiz se sentiu ameaçado, eu estou até agora sem entender o porquê. Falando do fundo do meu coração, não vi ameaça nenhuma, apenas uma informação pública.”

O ‘menino’ se faz de desentendido. Foi ele o responsável direto pela transferência do pai para um presidio mais seguro, onde Cabral não tenha condições de fazer o que bem entende e se comporte de modo igual aos demais encarcerados.

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Marco Antônio cabulava sessões na Câmara dos Deputados para promover o que ficou denominado de ‘farra das visitas’, em Bangu 8.

Além disso, na cadeia no Rio, Cabral leva uma vida nababesca.

O ex-governador dorme na biblioteca com ar condicionado, usa internet e celular na sala da administração, manda lavar em casa a roupa suja, encomenda comida em restaurantes de fora e, dentro da cela, que sequer possui tranca, desfruta do que os outros presos jamais podem almejar: três ventiladores e vaso sanitário, – os demais são obrigados a se contentar com o famoso “boi” (buraco no chão). Tudo com as bênçãos dos dirigentes do presídio, comandado pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), afilhado político e ex-vice de Cabral. 

Portanto que fique bem claro, o pedido de transferência feito pelo Ministério Público Federal (MPF) é anterior ao célebre depoimento e funda-se no fato de o ex-governador do Rio de Janeiro estar recebendo uma série de visitas irregulares e desregradas no Complexo Penitenciário de Gericinó, colocando em risco a fase de instrução dos processos.

da Redação Ler comentários e comentar