O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou nesta quarta-feira acreditar que “tudo chegará a bom termo” após a reunião entre o petista Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O magistrado está entre as autoridades brasileiras sancionadas pelo governo americano, acusado de conduzir um “processo judicial politizado” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

As declarações foram dadas em entrevista à agência EFE, durante visita a Madri, na Espanha, onde Moraes participa da Conferência Mundial de Justiça Constitucional. Ele afirmou que as sanções impostas pelos EUA — que também atingem sua esposa, Viviane Barci, com bloqueio de bens em território americano e cancelamento do visto de entrada — decorreram de informações equivocadas.

“O que chegou ao presidente Trump eram informações totalmente errôneas, [e essas] desinformações acabaram levando a determinadas medidas”, disse Moraes, acrescentando que acredita na reversão do quadro após o diálogo entre os dois líderes. 

“Uma vez esclarecido isto e chegando às informações verdadeiras, acredito que este problema será solucionado e parece que tudo levará a bom termo”, completou.

As sanções foram impostas pelo governo Trump após críticas à condução do processo judicial que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus — entre ex-ministros e militares — por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O julgamento, relatado por Moraes, terminou com pena de 27 anos de prisão para Bolsonaro, em decisão considerada histórica pelo Supremo.

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