

A mensagem do Governador Cláudio Castro logo após a guerra travada contra o Comando Vermelho no dia 28 próximo passado é clara:
“Todo aquele que vier pra cá, seja governador, seja ministro, no intuito de somar, é bem-vindo. Quem quiser somar com o Rio de Janeiro nesse momento, no combate à criminalidade, é bem-vindo. Os outros, que querem fazer confusão, que querem fazer politicagem, o nosso único recado é: suma! Ou soma – ou suma!”
Há quem aposte que o Governador não irá durar. O TSE já está se mexendo para declarar a inelegibilidade de Castro e o imperador Alexandre de Moraes já o intimou a prestar esclarecimentos a respeito de tantas mortes na Cidade Maravilhosa. O deus supremo quer saber qual foi a motivação da operação policial, se foi usada força moderada, se os policiais utilizaram câmeras, enfim, o que ocasionou essa “desastrosa” atividade policial que ceifou a vida de mais de uma centena de vítimas da sociedade.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, que por três vezes seguidas criou entraves quando solicitado a colaborar no combate ao crime organizado no Rio, se mostrou extremamente incomodado com o desempenho das nossas polícias cariocas. Diga-se de passagem, o mesmo ministro que trouxe para o país a “audiência de custódia”, um dos responsáveis por essa impunidade que reina em nossa nação e cujo ministério é uma das molas propulsoras da política de desencarceramento adotada pelo Governo Federal.
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara, por sua vez, quer a prisão do Governador. Afinal, por trás de cada fuzil tem um ser humano. Também pudera, não é? Foram perturbar a organização criminosa uma semana depois que o presidente Lula declarou publicamente que os traficantes são vítimas dos usuários de drogas.
Definitivamente, O Brasil virou um narcoestado.
O Governo Lula está financiando facções criminosas com o seu dinheiro num esquema envolvendo o Bolsa Família e moradores de rua. Quando o Lula assumiu a sua terceira gestão, o Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social expediu 10 portarias e um decreto para facilitar o acesso do morador de rua ao programa.
Enquanto o brasileiro pobre precisa comprovar uma série de requisitos básicos para ter acesso ao Bolsa Família, o morador de rua não necessita de todos os documentos completos. Não precisa sequer comprovar residência fixa. O relato dos assistentes sociais é de que os traficantes já ficam com a posse dos cartões dos moradores de rua, que só vão às bocas de fumo para buscarem as drogas no final do mês. É praticamente uma transferência direta de Brasília para o tráfico de drogas.
O Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social chama isso de “dignidade da dependência”. Essa verba do Bolsa Família serve justamente para o morador de rua financiar o seu vício e a sua dependência química sem precisar roubar para isso. Essa declaração é uma verdadeira confissão de que se trata de uma transmissão bilionária do Governo Federal para as facções criminosas.
Entendeu agora porque o Lula se nega a autorizar que as organizações criminosas sejam chamadas de terroristas? Eles são sócios.
Na verdade, se o Governador insistir na ajuda de Brasília, será implantado uma GLO que servirá de preâmbulo para uma intervenção federal – é tudo o que eles querem. Lewandowski já insinuou nessa semana que o Cláudio Castro deverá declarar a falência das instituições policiais para que seja dado respaldo à GLO. Segundo o ministro, esse é o único caminho.
Eles estão promovendo o caos. Se o povo não virar essa mesa estamos em linha reta para a venezualização do Brasil, onde o crime organizado é o responsável pela segurança pública.
O povo do Rio de Janeiro está com o seu Governador, que atua no pleno exercício de suas atividades como Chefe do Executivo estadual. É surreal o STF querer meter o bedelho onde não foi chamado.
E ainda há quem duvide que estamos vivendo uma ditadura da toga.
Carlos Fernando Maggiolo
Advogado criminalista e professor de Direito Penal. Crítico político e de segurança pública. Presidente da Associação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro – AMO-RJ.













