Em completo desespero, Maduro busca apoio militar em países "inimigos" dos EUA

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O ditador venezuelano Nicolás Maduro teria solicitado apoio militar à Rússia, à China e ao Irã diante do aumento da tensão com os Estados Unidos, que intensificaram sua presença militar no Caribe. As informações constam em documentos do governo norte-americano obtidos pelo jornal The Washington Post, segundo reportagem divulgada nesta sexta-feira (1º).

De acordo com os documentos, Maduro enviou cartas aos presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping pedindo assistência em áreas estratégicas, como manutenção e modernização de aeronaves, fornecimento de mísseis, sistemas de detecção por radar e linhas de financiamento militar. O objetivo seria reforçar a capacidade de defesa da Venezuela diante do que o regime classifica como uma “escalada de agressões” por parte de Washington.

Em uma das cartas encaminhadas a Moscou, Maduro teria solicitado a restauração das aeronaves russas Sukhoi Su-30MK2, revisão de oito motores e cinco radares, além da aquisição de 14 conjuntos de mísseis e um plano de financiamento de três anos por meio do conglomerado estatal russo Rostec. O pedido teria sido entregue pessoalmente por um assessor do ditador durante uma visita oficial à capital russa em outubro.

Embora o Kremlin não tenha confirmado o teor da correspondência, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou que Moscou “apoia a Venezuela na defesa de sua soberania nacional” e que está “pronta para responder adequadamente às solicitações de seus parceiros diante de ameaças emergentes”. A Rússia mantém uma longa parceria com Caracas desde o governo de Hugo Chávez, com cooperação nas áreas de petróleo, gás e indústria bélica — incluindo a construção de uma fábrica de munições Kalashnikov em território venezuelano.

Já o contato com o Irã teria ocorrido por meio do ministro venezuelano Ramón Velásquez, que teria coordenado o envio de drones e equipamentos militares de origem iraniana, além de solicitar bloqueadores de GPS e sistemas de detecção de longo alcance. Os pedidos teriam sido feitos durante as negociações para uma visita oficial de Maduro a Teerã.

Em outra carta, o líder venezuelano teria pedido a Xi Jinping que fortalecesse a cooperação militar com Caracas. Segundo o Washington Post, Maduro pediu que empresas chinesas acelerassem a entrega de sistemas de radar e ampliassem o intercâmbio de tecnologia de defesa. O venezuelano também teria descrito a postura norte-americana como uma “agressão ideológica” não apenas contra a Venezuela, mas também contra a China, em razão da “ideologia compartilhada” entre os dois países. Pequim, até o momento, não se pronunciou sobre o caso.

Os pedidos de apoio ocorrem em meio a um ambiente de crescente tensão no Caribe. Os Estados Unidos afirmam que o aumento da presença de navios e aeronaves militares na região tem como objetivo combater o narcotráfico, mas Caracas interpreta a movimentação como uma tentativa de desestabilizar o regime e promover uma “mudança de governo”.

De acordo com o Wall Street Journal, o governo norte-americano teria considerado, em reuniões internas, possíveis ataques a instalações militares venezuelanas supostamente ligadas ao tráfico de drogas — hipótese que, segundo o jornal, poderia ampliar significativamente o conflito diplomático.

Em resposta às movimentações, Nicolás Maduro ordenou exercícios militares no litoral e declarou que a Venezuela “não aceitará provocações estrangeiras”, reforçando o discurso de resistência frente à pressão dos Estados Unidos.

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da Redação