Operação Contenção: Forças de Segurança desmontam quadrilhas interestaduais e expõem a face real do crime organizado no Rio (veja o vídeo)

03/11/2025 às 07:17 Ler na área do assinante

Maioria dos mortos tinha extensa ficha criminal, mandados de prisão em aberto e atuava em facções de outros estados. Ação coordenada é considerada uma das mais eficazes da história recente.

A Operação Contenção, deflagrada na última terça-feira (28), nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, revelou a eficiência das forças de segurança e o alcance do crime organizado que há anos impõe o terror nas comunidades cariocas. Em coletiva realizada nesta sexta-feira (31), a Polícia Civil confirmou a identificação de 99 criminosos mortos, todos com ligação direta ao tráfico de drogas.

Do total de 117 mortos, 42 tinham mandados de prisão pendentes e pelo menos 78 possuíam extenso histórico criminal. Segundo as autoridades, o número ainda pode crescer com a chegada de informações de outros estados.

O levantamento também mostra que parte dos criminosos não era do Rio de Janeiro. Vieram de diversas regiões do país: 13 do Pará, sete do Amazonas, seis da Bahia, quatro do Ceará, quatro de Goiás, um da Paraíba, um do Mato Grosso e três do Espírito Santo — um indício claro da expansão do crime organizado de caráter nacional e da necessidade de ações integradas entre as polícias.

Durante a operação, quatro policiais – dois civis e dois militares – perderam a vida, e 14 seguem internados. Ainda assim, o saldo é considerado positivo e estratégico, especialmente por atingir o núcleo duro do Comando Vermelho, facção responsável por impor domínio armado e impor “leis paralelas” em comunidades inteiras.

O governador Cláudio Castro (PL) destacou a relevância da ação e o papel da inteligência no resultado:

“Tendo em vista esses resultados, a gente vê que o trabalho de investigação e inteligência foi adequado, pois eram todos perigosos e com ficha criminal. Pela identificação das origens desses narcoterroristas, reforço a importância da integração com os estados. Em breve, vamos entregar os relatórios completos às autoridades competentes.”

Com o avanço da identificação dos mortos, o governo estadual pretende usar os dados da Operação Contenção como base para um novo plano de retomada das áreas dominadas pelo tráfico, com foco em ações sociais e reconstrução das comunidades.

A ação, considerada a mais letal e efetiva da história do Rio, marca um divisor de águas na política de segurança pública do estado e reforça a mensagem de que o Rio não será refém do crime organizado.

Emílio Kerber Filho

Jornalista e escritor
Autor do livro “Por trás das grades - O diário de Anne Brasil”.

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