Mais de 100 mortos e rastro interminável de destruição deixa tufão (veja o vídeo)

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O tufão Kalmaegi causou mais de 100 mortes na região central das Filipinas. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (5) pela AFP. A cidade de Cebu, capital da província homônima, registra o maior número de vítimas fatais.

O porta-voz das autoridades filipinas informou que 35 corpos adicionais foram encontrados em áreas inundadas de Liloan, município da região metropolitana de Cebu. Com esses novos registros, o total de mortos na província chegou a 76.

"Por volta das quatro ou cinco da manhã, o fluxo de água estava tão forte que era impossível sair", disse Reynaldo Vergara, comerciante de 53 anos, à AFP. O proprietário de um pequeno estabelecimento em Mandanaue, na Grande Cebu, viu seu negócio ser destruído quando as águas de um rio próximo transbordaram. "Nunca aconteceu nada parecido", afirmou.

Em Tailsay, ao sul da capital provincial, Regie Mallorca, de 26 anos, trabalha na reconstrução de sua casa, destruída pela elevação do nível dos rios. "Isso vai levar tempo porque ainda não tenho o dinheiro. Vai levar meses", declarou a uma agência internacional de notícias.

A governadora de Cebu, Pamela Baricuatro, classificou na terça-feira (4) a situação na região metropolitana como "devastadora" e "sem precedentes". A área recebeu 183 milímetros de chuva nas 24 horas que antecederam a chegada do Kalmaegi, transformando as ruas em corredores de água.

Na Ilha de Negros, as autoridades registraram 12 mortes após chuvas intensas atingirem o vulcão Kanlaon. Os deslizamentos de lama soterraram diversas casas na cidade de Canlaon. Doze pessoas permanecem desaparecidas na localidade.

O tenente da polícia local Stephen Polinar explicou o fenômeno: "As erupções do vulcão Kanlaon desde o ano passado depositaram material vulcânico em suas partes superiores. Quando choveu, esses depósitos rolaram sobre as aldeias".

Aproximadamente 800 mil pessoas foram deslocadas para áreas seguras, fora da trajetória do tufão. A situação é crítica para as Filipinas, país formado inteiramente por ilhas que enfrenta cerca de 20 tempestades e tufões por ano.

O território filipino sofreu com dois eventos climáticos de grande intensidade no segundo semestre de 2025, incluindo o supertufão Ragasa. As previsões meteorológicas indicam a possibilidade de três a cinco tempestades adicionais até o final do ano.

A catástrofe ocorre enquanto as Filipinas enfrentam um escândalo relacionado aos chamados "projetos fantasmas" de infraestrutura. Em entrevista à emissora ABS-CBN nesta quarta-feira, a governadora Baricuatro questionou: "Você começa a se perguntar por que estamos tendo enchentes repentinas terríveis aqui, enquanto temos 26,6 bilhões de pesos filipinos destinados a projetos de controle de enchentes (no orçamento nacional)".

 

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da Redação