Com força descomunal ciclone extratropical chega a região sudeste do Brasil
07/11/2025 às 10:35 Ler na área do assinanteA Defesa Civil de São Paulo emitiu alerta para um ciclone extratropical que atingirá a Região Sudeste do Brasil a partir da madrugada deste sábado (8). O fenômeno trará ventos que podem alcançar 115 km/h em algumas áreas, intensidade superior às rajadas de 90 km/h que destruíram parcialmente a fábrica da Toyota em Porto Feliz em setembro.
O sistema de baixa pressão avança do Paraguai em direção à costa de Santa Catarina e ao litoral sul paulista. A combinação entre o calor pré-frontal e a chegada de uma frente fria cria condições para chuvas intensas, possível queda de granizo, raios frequentes e rajadas de vento extremas.
"Rajadas acima de 70 km/h já são suficientes para provocar quedas de árvores, destelhamentos e interrupções de energia. Com velocidades acima de 100 km/h, o risco de danos pontuais aumenta de forma significativa, exigindo atenção redobrada dos municípios e da população", afirmou a Defesa Civil, em nota.
César Soares, meteorologista da Climatempo, explica que a tempestade começa a evoluir a partir desta sexta-feira. O sistema ganhará força ao atingir a região costeira na madrugada de sábado, quando será classificado como ciclone extratropical.
O Litoral Norte paulista enfrentará as rajadas mais intensas, podendo atingir 115 km/h. No Vale do Ribeira e na Baixada Santista, os ventos podem chegar a 110 km/h. A Região Metropolitana de São Paulo, Campinas, Sorocaba e o Vale do Paraíba estão sob alerta para rajadas de até 100 km/h.
Nas regiões de Presidente Prudente, Marília, Araçatuba, São José do Rio Preto, Barretos, Franca, Ribeirão Preto, Bauru e Araraquara, os ventos devem alcançar 95 km/h. Mesmo com essa intensidade menor, as rajadas já podem provocar destelhamentos e quedas de árvores, como ocorreu na tempestade de setembro, quando os ventos chegaram a 98,2 km/h no Campo de Marte.
Soares destaca que as condições de ventos intensos permanecerão ao longo de todo o sábado, com previsão de chuva forte que pode causar alagamentos. "Somente no domingo que o sistema se afasta para alto mar e a tendência é de enfraquecimento. Até lá, não estamos descartando, de acordo com as condições do tempo que estamos prevendo, risco para microexplosões", disse Soares.
O Sul do país também será afetado pelo fenômeno, com temporais previstos para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina durante o avanço da tempestade. A formação de linhas de instabilidade pode provocar tempestades já na madrugada de sábado em várias áreas do estado de São Paulo.
GABINETE DE CRISE MOBILIZADO PARA ENFRENTAR TEMPESTADE
O Gabinete de Crise da Defesa Civil de São Paulo estará mobilizado neste sábado (8), dia considerado de maior potencial para o tempo severo no estado. O principal ponto de atenção será a força dos ventos que, quando ultrapassam 100 km/h, aumentam o risco de danos estruturais, interrupções no fornecimento de energia e quedas de árvores.
A preocupação das autoridades tem base no histórico recente. Em setembro, ventos de 90 km/h causaram destruição em diversos locais, incluindo a fábrica da Toyota. Com rajadas previstas para ultrapassar essa marca em diversas regiões do estado, a população deve adotar medidas preventivas.
O fenômeno da microexplosão atmosférica caracteriza-se por uma corrente de ar descendente originada no interior de nuvens de tempestade. Quando essa "coluna de ar" atinge o solo, dissipa-se horizontalmente em todas as direções, gerando ventos que podem ultrapassar 100 km/h.
Uma microexplosão pode afetar uma área de até 4 km de diâmetro. Diferentemente dos tornados, a microexplosão age como um sopro horizontal, derrubando estruturas na mesma direção ou de forma radial a partir do ponto central do impacto.
Esse vento descendente pode causar danos localizados graves, como destelhamentos de edifícios e tombamento de árvores em diversas regiões do estado, semelhante ao ocorrido na fábrica da Toyota em Porto Feliz.
PREVISÃO DE CHUVAS INTENSAS EM VÁRIAS REGIÕES
As chuvas previstas também representam risco. A Defesa Civil classificou os acumulados esperados em três níveis. Presidente Prudente e Marília devem registrar "Muito Alto Acumulado", enquanto Araçatuba, São José do Rio Preto, Barretos, Franca, Ribeirão Preto, Bauru e Araraquara terão "Alto Acumulado".
A Região Metropolitana de São Paulo, Vale do Ribeira, Itapeva, Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, Baixada Santista e Litoral Norte devem registrar "Médio Acumulado". Essas precipitações podem provocar alagamentos, enxurradas e instabilidade em encostas, especialmente em áreas de risco já mapeadas.
A resposta coordenada incluirá o Corpo de Bombeiros, concessionárias de energia e gás, além de outras instituições reunidas no Centro de Gerenciamento de Emergências. As Defesas Civis de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro trabalharão de forma integrada, compartilhando informações sobre o deslocamento do ciclone pelas regiões Sul e Sudeste.
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da Redação