Gleisi está percebendo a enorme dificuldade eleitoral que o PT terá em 2026. Faltam nomes competitivos e com disposição para enfrentar a batalha eleitoral.
Marília Campos, por exemplo, atual prefeita de Contagem (MG), comunicou à ministra Gleisi Hoffmann sua decisão de não concorrer ao executivo mineiro, manifestando interesse apenas em possível candidatura ao Senado. A recusa foi formalizada em meio às indefinições sobre a possível candidatura do senador Rodrigo Pacheco (PSD) ao governo de Minas Gerais.
A prefeita de Contagem informou à ministra da Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula que não aceitará ser candidata ao governo nem compor chapa como vice. Marília condicionou sua eventual disputa por uma vaga no Senado ao consenso dentro do PT e à aprovação de Lula.
"As medidas de recuperação do Estado de Minas serão muito duras", afirmou Marília ao explicar os motivos de sua recusa.
A gestora petista demonstrou preferência por outro perfil para liderar o executivo estadual a partir de 2027.
"Acredito que o perfil de uma candidatura de centro-esquerda tenha mais facilidade para implantar essas ações", declarou Campos, sinalizando apoio a uma alternativa para o governo mineiro.
A prefeita participou na quinta-feira (6) do lançamento da pré-candidatura de Alexandre Kalil (PDT) ao governo de MG. O evento não contou com a presença de lideranças da alta cúpula do PT, como o presidente nacional Edinho Silva ou a presidente estadual, deputada Leninha.
Durante o lançamento, Marília expressou apoio ao ex-prefeito de Belo Horizonte.
"Estou feliz que o Kalil tenha retornado à vida política", disse a prefeita.
Filiada ao PT desde a década de 1980, Marília Campos iniciou sua trajetória política como vereadora em Contagem, terceiro município mais populoso de Minas Gerais. Em 2004, tornou-se a primeira mulher eleita para governar a cidade. Foi reeleita em 2008, retornou à prefeitura em 2020 e conquistou novo mandato em 2024.
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