Ex-nora de Lula envolvida em esquema de fraude em licitações recebe a visita da polícia
12/11/2025 às 19:55 Ler na área do assinante
A Polícia Federal investiga a participação da ex-nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Carla Ariane Trindade, em suposto esquema para liberação de recursos do Ministério da Educação (MEC) a uma empresa sob suspeita. A operação foi deflagrada nesta quarta-feira (12) em diversos estados brasileiros.
Segundo a investigação policial, a ex-nora do presidente teria atuado como intermediária para facilitar a aprovação de projetos e liberação de verbas federais destinadas à educação. Os recursos teriam sido direcionados a uma empresa que está sob investigação por possíveis irregularidades em contratos com o governo federal.
A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados. Documentos, computadores e dispositivos eletrônicos foram recolhidos para análise. As diligências ocorreram em residências e escritórios localizados em São Paulo, Brasília e outras capitais.
De acordo com fontes da investigação, a suspeita é que a ex-nora de Lula teria usado sua influência para interferir em processos de aprovação de projetos no MEC. "As evidências apontam para um possível tráfico de influência na liberação desses recursos públicos", afirmou um dos delegados responsáveis pelo caso.
O inquérito apura possíveis crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, além de fraude em licitações. A empresa investigada teria recebido milhões de reais em contratos com o ministério nos últimos dois anos.
Em nota, a defesa da ex-nora do presidente disse que "todas as acusações são infundadas" e que "vai colaborar com as investigações para esclarecer os fatos". O comunicado ressalta ainda que "não houve qualquer irregularidade nas relações profissionais mantidas com o Ministério da Educação".
O Ministério da Educação declarou que "está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários" e que "mantém rigoroso controle na liberação de recursos públicos".
A Polícia Federal informou que a operação faz parte de uma investigação mais ampla sobre desvios de recursos públicos na área da educação. As investigações continuam em andamento para identificar todos os envolvidos no suposto esquema.
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