Prisão de médica envolvida na farra do INSS é prenúncio de fim de carreira

Ler na área do assinante

A médica Thaisa Hoffmann Jonasson foi presa nesta quinta-feira (13), em Curitiba, na 4ª fase da Operação Sem Desconto, que apura desvios de valores de aposentados e pensionistas do INSS.

Thaisa foi presa juntamente com seu esposo, o ex-procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, que se entregou à Polícia Federal, na Superintendência da capital do Estado.

Virgílio ocupou o cargo de procurador do INSS até ser afastado da função em abril de 2025, por determinação da Justiça Federal. O afastamento ocorreu no mesmo dia em que a PF deflagrou uma operação sobre um esquema de desvios na Previdência.

Segundo as investigações, o ex-procurador recebeu, por meio de empresas e de contas bancárias da esposa, R$ 11,9 milhões de empresas relacionadas às associações investigadas por descontos irregulares em benefícios previdenciários.

Em 23 de outubro, Thaisa compareceu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, no Congresso Nacional, mas permaneceu em silêncio durante a maior parte do depoimento. Amparada por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Thaisa usou o direito de não responder a perguntas que pudessem levá-la à autoincriminação.

Thaisa Hoffmann Jonasson foi chamada à CPMI para esclarecer a engenharia financeira e societária do esquema de descontos associativos irregulares nos benefícios de aposentados. De acordo com as investigações, ela é sócia de empresas que estariam no núcleo de intermediação de pagamentos e na circulação de valores suspeitos, como a Curitiba Consultoria em Serviços Médicos S.A., a THJ Consultoria Ltda. e o Centro Médico Vita Care.

Em sua declaração inicial, Thaisa afirmou que jamais esteve envolvida em qualquer prática ilícita.

“Minha trajetória sempre foi pautada pela ética, pelo respeito e pelo compromisso com o bem-estar das pessoas”, disse.

Posteriormente, Thaisa Hoffmann reforçou a legitimidade de suas atividades. Ela disse que a verdade vai aparecer e que documentos comprobatórios serão fornecidos por sua defesa nos autos, e não no “ambiente hostil” da CPMI.

Pelo visto, a médica não logrou êxito em comprovar a legitimidade de suas ações. Perdeu a liberdade e põe fim na sua carreira profissional.

Estamos sobrevivendo graças a ajuda de nossos assinantes e parceiros comerciais. Para fortalecer a nossa batalha, considere se tornar um assinante, o que lhe dará o direito de assistir o primeiro PODCAST conservador do Brasil e ter acesso exclusivo ao conteúdo da Revista A Verdade, onde os "assuntos proibidos" no Brasil são revelados. Para assinar, clique no link: https://assinante.jornaldacidadeonline.com.br/apresentacao

SEU APOIO É MUITO IMPORTANTE! CONTAMOS COM VOCÊ!

da Redação