A cada 3 dias a “soberania” bate a porta de um cidadão cearense e o expulsa de sua própria casa
17/11/2025 às 09:09 Ler na área do assinanteDe acordo com relatórios recentes da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará, entre janeiro de 2024 e setembro de 2025, foram registrados 219 casos de “deslocamento forçado” ou expulsão de morador por facção criminosa em todo o estado. Isso equivale a uma ocorrência a cada três dias, em média.
Fortaleza concentra a maioria dos casos, com 143 registros, afetando pelo menos 49 bairros da capital.
Outros municípios impactados incluem Pacatuba, Morada Nova e Maranguape, onde disputas territoriais entre grupos como Comando Vermelho (CV), Primeiro Comando da Capital (PCC) e Terceiro Comando Puro (TCP) têm escalado.
Essas expulsões são motivadas por controle de territórios para tráfico de drogas, extorsão e outras atividades criminosas, resultando em vilas desertas e migrações internas forçadas.
O relatório está vinculado a um inquérito aberto pelo 30º Distrito Policial (30º DP), que investiga a prisão em flagrante de dois indivíduos supostamente ligados à facção carioca Terceiro Comando Puro (TCP).
Gleilson dos Santos Rosa e José Vitório Barbosa da Silva são acusados de expulsar moradores do Condomínio José Euclides em Jangurussu, no dia 29 de outubro. Eles também estão sendo investigados por roubo de pertences das famílias afetadas. A Justiça Estadual já decretou a prisão preventiva deles.
No que diz respeito à Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), o aumento nas expulsões de moradores tem sido notável nos últimos meses.
Maranguape se destacou como a localidade com o maior índice de expulsões na RMF, conforme evidenciado no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025.
No bairro Novo Maranguape, especificamente, ocorreram 11 expulsões. Apesar das duas ocorrências documentadas em Pacatuba, mais de 30 famílias na comunidade do Jacarezal relataram ameaças para deixar suas residências em setembro deste ano.
Além disso, três homicídios ocorridos na mesma época estão sendo investigados por possíveis ligações com esses conflitos entre facções criminosas.
No interior do estado, Sobral foi identificada como a cidade com o maior número de expulsões, contabilizando sete casos nos últimos 21 meses.
As ocorrências foram observadas nos bairros Centro (3), Sumaré (2), Caiçara (1) e Santa Casa (1). Quixadá segue na lista com duas expulsões registradas.
A situação em Morada Nova também é preocupante. No distrito de Uiraponga, um grande número de famílias abandonou suas casas devido a ameaças diretas ligadas a facções criminosas.
“Essas organizações estão ampliando seu domínio sobre áreas urbanas e periféricas para controlar o tráfico de drogas e extorquir moradores e comerciantes”, afirmou o Departamento de Repressão ao Crime Organizado em seu relatório.
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da Redação