
Senador pede a convocação do "lobista dos tribunais" e STJ entra na mira de CPI
17/11/2025 às 19:29 Ler na área do assinante
A CPI do Crime Organizado incluiu em sua pauta investigativa o esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A comissão parlamentar solicitou nesta segunda-feira (17) que a Polícia Federal (PF) compartilhe informações sobre as investigações relacionadas ao caso, que foi descoberto durante a operação Sisamnes.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) apresentou requerimento pedindo acesso a documentos das investigações. Ele solicitou cópias de relatórios e outras peças vinculadas à apuração, além de relatórios de inteligência financeira e comunicações internas da PF que possam indicar fluxos financeiros suspeitos.
O parlamentar também pediu a convocação de quatro pessoas supostamente envolvidas no esquema. Entre elas está Andreson Gonçalves, conhecido como "lobista dos tribunais", detido pela PF na semana passada e apontado como figura central no esquema de comercialização de decisões judiciais.
Os requerimentos de convocação incluem ainda o servidor Márcio José Toledo Pinto e dois ex-chefes de gabinete de ministros do STJ: Daimler Alberto de Campos, que trabalhou com a ministra Isabel Gallotti, e Rodrigo Falcão Andrade, que atuou no gabinete do ministro Og Fernandes.
As investigações indicam que Pinto teria adulterado e eliminado minutas internas, além de limitar o acesso às versões modificadas dos documentos. Andrade é suspeito de ter vazado informações protegidas por sigilo. Campos foi mencionado nas investigações por supostamente solicitar pagamentos relacionados ao esquema.
Na justificativa de seu requerimento, o senador Girão afirma que tanto os documentos solicitados quanto os depoimentos das pessoas convocadas são elementos fundamentais para que a CPI possa investigar adequadamente a possível existência de uma ação coordenada por grupos criminosos com o objetivo de corromper o sistema judiciário brasileiro.
O caso envolve diversos profissionais, incluindo advogados, lobistas, assessores, empresários e chefes de gabinete. Nenhum ministro do tribunal foi alvo das investigações até o momento.
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