
Pilhas de dinheiro apreendidas e 7 banqueiros presos
18/11/2025 às 19:48 Ler na área do assinante
A Polícia Federal apreendeu pilhas de dinheiro na residência de Augusto Ferreira Lima, ex-CEO do Banco Master, durante operação realizada nesta terça-feira (18) em São Paulo. A ação integra a Operação Compliance Zero, que investiga um esquema de criação e comercialização de títulos de crédito sem lastro.
O valor encontrado na casa de Lima faz parte do montante total de aproximadamente R$ 1,6 milhão em espécie recolhido pela PF até o momento. As autoridades afirmam que o ex-executivo participou ativamente da estrutura do banco e colaborou com manobras para ocultar irregularidades identificadas pelo Banco Central.
A operação resultou na prisão de sete pessoas - quatro preventivas e duas temporárias. As autoridades também bloquearam R$ 12,2 bilhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao esquema. Além do dinheiro, foram apreendidos carros de luxo, obras de arte e relógios de alto padrão.
Entre os detidos estão:
- Daniel Bueno Vorcaro, presidente do Banco Master.
- Luiz Antônio Bull, diretor de Riscos, Compliance e Operações.
- Alberto Felix de Oliveira Neto, superintendente executivo de Tesouraria.
- Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, sócio da instituição.
- Augusto Ferreira Lima, ex-CEO do Master.
- Henrique Souza e Silva Peretto, sócio da Cartos FintechCarga.
- André Felipe de Oliveira Seixas Maia, diretor da Tirreno e possui participação na Cartos FintechCarga.
A prisão de Vorcaro ocorreu quando ele tentava embarcar em uma aeronave particular no Aeroporto de Guarulhos. A PF investiga se ele planejava deixar o país.
O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master simultaneamente à operação policial. A medida remove a instituição do sistema financeiro nacional e determina a venda de seus ativos para quitar débitos com credores.
A autoridade monetária também implementou um regime de administração especial temporária no Banco Master Múltiplo, com duração de até 120 dias, afastando imediatamente os dirigentes da instituição.
O conglomerado de Vorcaro acumulava R$ 86,3 bilhões em ativos, o maior volume financeiro já envolvido em um processo de liquidação na história do sistema financeiro brasileiro.
As investigações começaram em 2024, após solicitação do Ministério Público Federal, quando o Banco Central identificou evidências de que o Master teria criado carteiras de crédito "inexistentes" e vendido esses títulos para outra instituição financeira.
A apuração revelou que, ao perceberem a descoberta da fraude, os responsáveis substituíram os papéis por outros ativos sem a devida avaliação técnica, tentando encobrir as irregularidades.
A PF investiga possíveis crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária, lavagem de dinheiro e organização criminosa relacionados às atividades do grupo.
A operação aconteceu menos de 24 horas após a Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master, em parceria com investidores dos Emirados Árabes Unidos, com promessa de aportes de R$ 3 bilhões.
Com a liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central, qualquer negociação envolvendo a instituição foi suspensa, interrompendo o processo de venda anunciado.
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