Inimigo "número 1" de Marcola toma punição

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Detido na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, o ex-membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), Roberto Soriano — conhecido como Tiriça — foi submetido a um isolamento disciplinar depois que agentes penitenciários identificaram um osso de galinha afiado dentro de sua cela. 

O material, conforme apurado pelas equipes de segurança, havia sido cuidadosamente amolado para funcionar como uma espécie de lâmina artesanal.

De acordo com a avaliação preliminar das autoridades, o objeto poderia ter sido preparado para um possível ataque. A suspeita é que Soriano pretendesse utilizá-lo contra agentes, outros presos ou até mesmo em uma tentativa de manter alguém como refém, cenário que amplia a preocupação sobre seu nível de periculosidade dentro do sistema federal.

O período de punição começou na terça-feira (11) e foi fixado em trinta dias. Durante esse tempo, Tiriça ficará completamente privado de visitas e também perderá o direito às duas horas diárias de banho de Sol. Trata-se de uma sanção comum aplicada quando há indícios de violação grave das regras internas das penitenciárias federais.

Embora as refeições servidas aos custodiados não possam conter ossos, há casos em que pequenas peças acabam passando despercebidas na preparação do chamado “panelão”. Segundo informações divulgadas pela CNN, foi dessa forma que o detento obteve acesso ao fragmento utilizado como base para a arma improvisada.

Atualmente, Tiriça é considerado o principal rival de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do PCC. Durante anos, Soriano figurou como o número 2 da facção, mas o relacionamento entre ambos se rompeu depois que ele acusou Marcola de traição, má conduta e “caguetagem”. A ruptura ocorreu após a divulgação de áudios atribuídos ao chefe da organização, material que acabou sendo utilizado contra Tiriça em decisões judiciais.

A tensão interna se agravou quando Soriano, ao lado de Abel Pacheco de Andrade — o Vida Loka — e de Wanderson Nilton de Paula Lima — o Andinho — articulou uma tentativa de expulsar Marcola do comando e até decretar sua morte. A reação, porém, foi imediata: a maior parte do grupo permaneceu leal ao líder e determinou a morte dos dissidentes, apelidados de “ala terrorista”. O episódio se consolidou como o maior racha da história do PCC, marcando um dos períodos mais turbulentos da facção.

Em 2023, Tiriça foi condenado a 31 anos e seis meses de prisão. Ele é apontado como mandante do homicídio qualificado consumado da psicóloga Melissa de Almeida Araújo e também do assassinato do agente penitenciário federal Alex Belarmino de Souza.

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da Redação