Parque que leva o nome do falecido pai, faz prefeito de Recife virar alvo de investigação por improbidade

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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou procedimento preparatório para investigar possíveis irregularidades e eventual prática de ato de improbidade administrativa na construção do Parque Governador Eduardo Campos, localizado no antigo Aeroclube de Pernambuco, bairro do Pina, no Recife.

A apuração foi aberta após representação formal apresentada pelo vereador Thiago Medina, protocolada em 9 de janeiro deste ano, logo após fiscalização in loco realizada no dia 8 de janeiro

Segundo o parlamentar, o contrato nº 2601.4003/2023, firmado entre o Município do Recife – por meio do Gabinete de Projetos Especiais – e a empresa Loquipe Locação de Projetos e Mão de Obras Ltda, vem sofrendo sucessivos aditivos que elevaram significativamente o custo e o prazo de execução da obra.

O contrato, assinado em 08 de maio de 2023, tinha valor inicial de R$ 62.242.305,49 e prazo de 14 meses, com término previsto para 16 de julho de 2024.

Desde então, sete termos aditivos foram firmados, totalizando um acréscimo de R$ 18.228.008,70 e prorrogando o prazo em 360 dias (12 meses). Com isso, o valor atualizado da obra passou para R$ 80.470.314,10, e a nova previsão de conclusão é 16 de julho de 2025.

Além disso, o MPPE observou que, paralelamente, a Prefeitura do Recife lançou uma nova licitação (nº 0001/2025) para o mesmo parque, prevendo gasto adicional de R$ 20.460.348,05 para execução do Setor 04 — o que incluiria uma área de convivência.

Com as ampliações contratuais e a nova licitação, o custo total do empreendimento pode superar R$ 100 milhões, valor cerca de 60% maior que o inicialmente previsto.

A promotora Selma Magda Pereira Barbosa Barreto, da 15ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital (Patrimônio Público), determinou a abertura do Procedimento Preparatório nº 01998.001.491/2025 para apurar, sob a ótica da improbidade administrativa, as circunstâncias e fundamentos dos aditivos firmados

O órgão ministerial já solicitou informações e documentos ao Gabinete de Projetos Especiais do Recife e ao Ministério Público de Contas, além de notificar novamente o vereador Thiago Medina para esclarecimentos complementares e apresentação de novos elementos sobre o caso.

Para Thiago Medina, a decisão do MPPE representa um passo importante em defesa da transparência e do uso responsável dos recursos públicos.

“Nosso papel é fiscalizar. Desde o início, alertamos sobre os sucessivos aditivos e atrasos que colocam em dúvida a gestão dessa obra. É um investimento público que precisa ser transparente, planejado e executado com responsabilidade. O MPPE agora vai poder esclarecer todos esses pontos”, destacou o vereador.

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da Redação