Numa semana trágica, Lula abre crise com Motta, tem desavença com Alcolumbre e perde trunfo eleitoral
20/11/2025 às 11:02 Ler na área do assinanteLula entrou em confronto simultâneo com os presidentes da Câmara e do Senado esta semana. Para piorar, perdeu o apoio do senador Rodrigo Pacheco como possível candidato ao governo de Minas Gerais para 2026. A situação compromete a estratégia eleitoral de Lula no estado que possui 16 milhões de eleitores, considerado o segundo maior colégio eleitoral do país.
Ministros próximos ao petista relatam que o Palácio do Planalto tem adotado uma postura de "deixar rolar" diante dos atritos políticos. Isso ocorre quando falta apenas um ano para o término do atual mandato presidencial, período em que Lula já manifestou interesse em disputar a reeleição.
O desentendimento com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), está relacionado ao projeto de lei de combate ao crime organizado. Motta firmou acordo com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também do Republicanos e potencial adversário de Lula em 2026, indicando Guilherme Derrite como relator da proposta.
Derrite, atual secretário de Segurança de São Paulo e ex-policial militar, foi eleito deputado federal pelo Progressistas. Sua designação como relator representa uma derrota para o governo federal, que perdeu influência sobre uma iniciativa que pretendia usar para fortalecer sua imagem na área de segurança pública.
A tensão aumentou quando Lula criticou o projeto negociado por Motta, que respondeu afirmando que o governo "optou pelo caminho errado". O líder governista Lindbergh Farias descreveu a situação como uma "crise de confiança" entre o Executivo e a Câmara.
Simultaneamente, o presidente gerou atrito com o Senado ao informar a Rodrigo Pacheco, senador pelo PSD de Minas, que não o indicaria para uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Lula comunicou sua intenção de nomear Jorge Messias, atual advogado-geral da União, para o cargo.
No mesmo encontro, o presidente expressou seu desejo de ter Pacheco como candidato ao governo mineiro para fortalecer sua base de apoio à reeleição. O senador, contudo, manifestou intenção de encerrar sua carreira política e retornar à advocacia.
A decisão sobre a vaga no Supremo contrariou as expectativas de Davi Alcolumbre, presidente do Senado, que preferia Pacheco para o cargo. Embora a indicação seja prerrogativa presidencial, a aprovação final depende do Senado, exigindo no mínimo 41 votos favoráveis entre os 81 senadores.
Esta situação alimenta especulações sobre uma possível rejeição do indicado de Lula no Senado. Crescem os sinais de tensão entre o presidente da República e Alcolumbre, que tem se apresentado aos aliados como o "novo Davi", sempre com um sorriso irônico.
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da Redação