ONU avisou o irresponsável governo brasileiro sobre riscos de incêndio e alerta parece ter sido ignorado

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A Organização das Nações Unidas (ONU) enviou um alerta formal ao governo brasileiro sobre riscos de "exposição à eletricidade" nos pavilhões da COP30, uma semana antes do incêndio que atingiu a Zona Azul do evento nesta quinta-feira (20) em Belém. O documento, assinado pelo secretário-executivo da Convenção do Clima da ONU, Simon Stiell, identificava diversos problemas de segurança nas instalações.

A carta foi enviada no dia 12 de novembro ao presidente da COP30, André Corrêa do Lago, e ao ministro da Casa Civil, Rui Costa. O texto destacava que infiltrações causadas pelas chuvas em Belém haviam afetado estruturas "no teto e em luminárias, gerando não apenas transtornos, mas também potenciais riscos à segurança por conta de exposição à eletricidade".

O documento da ONU também criticava a invasão de manifestantes à área conhecida como "Blue Zone", espaço restrito a autoridades na conferência. Segundo Stiell, as "autoridades brasileiras falharam em agir ou em cumprir o plano de segurança acordado com a ONU" durante o protesto, que resultou em um segurança ferido.

A Casa Civil informou na semana passada que implementou medidas adicionais de segurança após o incidente com os manifestantes. O órgão afirmou que os problemas de vazamentos identificados "foram prontamente reparados, com substituição e vedação das estruturas" afetadas pelas chuvas.

Entre os problemas listados pela ONU estavam as altas temperaturas e o funcionamento inadequado do ar-condicionado, criando "riscos ao bem-estar das delegações e dos funcionários". O documento mencionava ainda inundações em áreas do evento, portas sem trancas apropriadas, equipes de segurança insuficientes e banheiros precários.

Stiell apontou também as longas filas para alimentação e pavilhões em "más condições" para receber as delegações internacionais, muitos deles inacabados e "sem atender os padrões acordados" com a organização.

O incêndio começou por volta das 14h desta quinta-feira. O ministro do Turismo, Celso Sabino, esclareceu que as chamas tiveram início no Pavilhão da África Oriental, e não no Pavilhão da Índia, como inicialmente divulgado. O fogo se propagou rapidamente até o teto da estrutura, enquanto bombeiros e voluntários trabalhavam para controlar a situação.

A evacuação da Blue Zone foi concluída cerca de 40 minutos após o início do incêndio. A "Green Zone", espaço destinado às atividades da sociedade civil, também foi evacuada por segurança. Sabino declarou à imprensa que um curto-circuito provocado por carregadores de celular pode ter causado o incêndio.

As instalações da COP30 não devem ser reabertas antes das 20h desta quinta-feira. Este atraso pode impactar o cronograma das negociações climáticas, afetando os esforços para se chegar à declaração final da conferência, programada para encerrar suas atividades amanhã, sexta-feira (21).

As autoridades seguem investigando as causas exatas do incêndio que comprometeu as instalações da conferência em Belém.

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da Redação