O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 21, que o líder ucraniano Volodymyr Zelensky tem apenas uma semana para responder ao plano de 28 pontos apresentado por Washington para encerrar a guerra.
A proposta favorece amplamente os interesses da Rússia e prevê a rendição estratégica da Ucrânia — o que inclui concessão territorial, redução significativa das Forças Armadas e abandono definitivo da entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Em declaração à Fox News, Trump justificou o prazo rápido ao dizer que “temos muitos prazos a cumprir, mas quinta-feira parece um momento apropriado”.
A quinta-feira citada é o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, o que o presidente associou à necessidade de “resolver pendências”. O republicano argumentou ainda que a Ucrânia está “perdendo território agora” e descreveu o conflito como “um banho de sangue”.
Ele acrescentou:
“Era para ser uma questão de um dia e já dura quatro anos”, lembrando também sua promessa de campanha de encerrar a guerra em “24 horas”, o que não se concretizou em dez meses de governo.
Apesar de conceder vantagens a Moscou, Trump afirmou que “as sanções vão continuar, e são muito fortes, porque toda a economia deles (da Rússia) é baseada no petróleo”.
A reação de Zelensky veio de forma dura. Em seu pronunciamento diário por vídeo, ele disse que o país enfrenta uma encruzilhada entre perder a “dignidade” ou o apoio de “um parceiro fundamental”, numa referência direta aos EUA.
O presidente ucraniano alertou que “a pressão sobre a Ucrânia está agora no seu ponto mais intenso” e advertiu sobre “os riscos mais difíceis e iminentes”, como viver “sem liberdade, sem dignidade, sem justiça, e acreditar em alguém que já nos atacou duas vezes”.
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da Redação