Morre funcionário que teve 60% do corpo queimado em explosão em ministério do Governo Lula
30/11/2025 às 19:20 Ler na área do assinante
Raimundo Nonato do Nascimento Chaves, de 52 anos, técnico da Diamante Engenharia — empresa terceirizada da CEB Ipes — faleceu nesta sexta-feira (28), após três dias de luta pela vida. Ele havia sofrido queimaduras em 60% do corpo durante uma explosão registrada na manhã de terça-feira (25) em uma subestação de energia localizada no bloco C da Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
A gravidade das lesões, que atingiram o tórax, os braços, as pernas e as vias aéreas, tornou o quadro clínico irreversível mesmo após atendimento emergencial e internação no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).
A ocorrência teve início enquanto Raimundo executava serviços de manutenção em um quadro de iluminação pública compartilhado com a distribuidora de energia, situado ao lado do Ministério da Igualdade Racial (MIR). Apesar de utilizar uniforme antichamas e todos os Equipamentos de Proteção Individual recomendados, a explosão provocou chamas intensas e a rápida propagação de fumaça, o que agravou ainda mais a situação. Ele foi socorrido em estado crítico, mas não resistiu às feridas.
Além da vítima fatal, outros dois funcionários que estavam na subestação e quatro pessoas que se encontravam dentro do prédio foram levados ao hospital com sintomas de intoxicação por inalação de fumaça. Outras 20 pessoas receberam atendimento médico no próprio local, cenário que evidencia a dimensão do acidente e seus efeitos imediatos sobre quem circulava na área.
O edifício onde ocorreu o incidente teve de ser evacuado por completo, já que a fumaça se espalhou rapidamente pelos andares. O prédio abriga seis ministérios: Ministério da Igualdade Racial, Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Ministério das Mulheres e Ministério dos Povos Indígenas. A evacuação foi essencial para evitar novas vítimas e permitir a atuação das equipes de emergência.
Após a confirmação da morte, tanto a Diamante Engenharia quanto a CEB Ipes divulgaram notas lamentando profundamente o ocorrido e prestando solidariedade aos familiares e colegas de trabalho. O Ministério da Igualdade Racial e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos também se manifestaram, reforçando o acompanhamento das investigações e prestando apoio institucional às equipes impactadas pelo acidente.
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