A ex-chacrete Neulizete de Souza Ferraz, conhecida artisticamente como Lia Hollywood, morreu na sexta-feira (28), aos 66 anos, após mais de um mês internada em decorrência de um ataque violento cometido pelo pitbull de seu próprio filho.
As lesões extensas, somadas às complicações progressivas, impediram sua recuperação, levando à morte confirmada por médicos do Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.
De acordo com o G1, Lia foi atacada dentro da casa onde vivia com o filho, em São Pedro da Aldeia.
Pessoas próximas à família relataram que o animal já havia demonstrado comportamento agressivo anteriormente e que outras vítimas chegaram a solicitar medidas protetivas contra o tutor do cachorro, indicando um histórico preocupante que agora entra no foco das investigações.
A violência do ataque provocou danos severos no rosto, nos braços e nas pernas da ex-dançarina, incluindo fraturas expostas. Inicialmente, ela recebeu atendimento no Pronto-Socorro de São Pedro da Aldeia, mas foi transferida em seguida para o Hospital Roberto Chabo devido à gravidade extrema de seu quadro. A intensidade das lesões levou os médicos a amputarem o braço direito de Neulizete numa tentativa de preservação da vida.
Na sexta-feira, seu estado clínico piorou de forma crítica. Ela precisou ser entubada e sofreu duas paradas cardiorrespiratórias, uma delas com duração aproximada de nove minutos, segundo o G1. Apesar dos esforços da equipe médica, Lia não resistiu.
Lia Hollywood integrou o grupo de dançarinas e assistentes de palco do comunicador Abelardo Barbosa, o Chacrinha, entre as décadas de 1970 e 1980, período em que atuou ao lado de nomes emblemáticos como Rita Cadillac, Beth Balanço, Índia Potira e Sandra Pérola Negra. Seu nome artístico fazia referência à atriz brasileira Lia Torá (1903-1972), figura marcante da Era de Ouro de Hollywood e conhecida por filmes como A Mulher Enigma (1929) e Don Juan Diplomático (1931).
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