Gigante do Agro, com mais de 100 anos, está à beira da falência e pede "socorro" na Justiça

A Cotribá, uma das mais antigas cooperativas agropecuárias em atividade no Rio Grande do Sul, recorreu ao Judiciário para solicitar uma tutela de urgência destinada a suspender cobranças e impedir bloqueios que possam comprometer seu funcionamento. 

A empresa tem 114 anos de existência.

A medida foi tomada após o agravamento de seu quadro financeiro, que soma aproximadamente R$ 1 bilhão em dívidas, sendo que R$ 400 milhões têm vencimento previsto até o final de novembro.

Nos documentos enviados ao Judiciário, a cooperativa relata enfrentar simultaneamente a pressão de credores, o risco iminente de bloqueio de contas e dificuldades para assegurar o andamento de atividades essenciais ao atendimento de produtores associados. 

Segundo a Cotribá, esses fatores combinados podem gerar um efeito cascata, comprometendo contratos, logística e a continuidade dos serviços prestados.

A solicitação de proteção judicial busca garantir um ambiente mínimo de estabilidade para que a cooperativa possa reorganizar fluxos financeiros e evitar prejuízos maiores ao setor produtivo regional. A direção argumenta que o instrumento jurídico não tem objetivo de suspender obrigações, mas de impedir que execuções imediatas inviabilizem a operação enquanto negociações e ajustes são conduzidos.

O caso agora aguarda análise do Judiciário, que deverá considerar tanto o impacto econômico da cooperativa para o estado quanto os riscos potenciais decorrentes da execução simultânea das dívidas. A decisão será determinante para definir os próximos passos da Cotribá em seu esforço de reequilíbrio financeiro.

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