
AO VIVO: Alerta máximo. Antes de operação militar, Trump ordena saída de cidadãos americanos da Venezuela (veja o vídeo)
05/12/2025 às 05:45 Ler na área do assinante
Em uma escalada sem precedentes na crise entre Estados Unidos e Venezuela, o governo Donald Trump elevou o alerta de segurança para o nível máximo e ordenou que todos os cidadãos americanos deixem imediatamente o território venezuelano. A medida, classificada como “Nível 4 – Não viaje”, é a mais grave adotada pelo Departamento de Estado e ocorre em meio a movimentações militares intensas no Caribe, ampliando a percepção global de que uma operação armada contra o regime de Nicolás Maduro pode estar muito próxima.
O comunicado oficial afirma que a permanência de americanos na Venezuela representa risco extremo devido a detenção arbitrária, casos documentados de tortura, inexistência de serviços consulares — já que a embaixada está fechada desde 2019 — e ao colapso generalizado da infraestrutura de saúde e segurança. O alerta cita também o crescimento da criminalidade, sequestros, violência urbana e a incapacidade do governo venezuelano de garantir qualquer proteção a estrangeiros.
A ordem de retirada ocorre paralelamente a um aumento expressivo da presença militar dos EUA na região. Navios de guerra, aeronaves e forças especiais foram deslocados para pontos estratégicos do Caribe nos últimos dias, sob o argumento oficial de combate ao narcotráfico. Entretanto, analistas internacionais apontam que a dimensão da operação é compatível com um preparo para intervenção militar, especialmente após sucessivas declarações de Trump indicando que Maduro “chegou ao limite”.
A reação em Caracas foi imediata. Maduro voltou a acusar Washington de agressão imperialista e afirmou que o país não aceitará o que chamou de “paz de colônia”. O discurso inflamado reforça o clima de tensão interna, enquanto denúncias de violações de direitos humanos continuam se acumulando. Ao mesmo tempo, líderes internacionais — incluindo o Papa Leo XVI — apelam por moderação e abertura ao diálogo, temendo que um conflito direto provoque um colapso humanitário ainda maior.
Para observadores, o alerta máximo decretado pelos EUA representa um divisor de águas. Quando uma potência ordena a retirada imediata de seus cidadãos de um território hostil, significa que a possibilidade de confronto militar deixou de ser remota e passou a ser considerada iminente. A crise, que já dura anos, entra agora em seu ponto mais sensível — e o mundo observa atentamente os próximos movimentos de Washington e Caracas, enquanto a Venezuela permanece à beira de um conflito de consequências imprevisíveis.
Veja o vídeo:
Emílio Kerber Filho
Jornalista e escritor
Autor do livro “Por trás das grades - O diário de Anne Brasil”.









