“Bessias” vira alvo de ministros do STF e indicação para a corte começa a naufragar
05/12/2025 às 11:09 Ler na área do assinanteOs ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não querem Jorge Messias na corte. A frente desse movimento está Gilmar Mendes, que obviamente não quer na corte um ‘cordeirinho’ de Lula.
A posição de Gilmar ficou nítida na rejeição do pedido apresentado pela AGU para que reconsiderasse sua decisão sobre a questão de impeachment contra ministros da corte.
"Após o transcurso de quase 2 (dois) meses do prazo assinalado, o advogado-geral da União manifestou-se nos autos", afirmou o magistrado, que classificou a solicitação como "expediente informal".
As dificuldades de Messias aumentaram quando o ministro Flávio Dino criticou um acordo firmado pela AGU com a Axia, antiga Eletrobras. Durante sessão plenária do STF, Dino classificou o acordo como "constrangedor" por incluir o que chamou de "jabuti" relacionado à Eletronuclear.
"A mim é muito constrangedor, como brasileiro, que a Advocacia-Geral da União tenha feito este acordo. Constrangedor. Por dois sentidos, primeiro por esse jabuti do tamanho de um elefante. E o outro aspecto é que, desta tribuna, os advogados repetidamente disseram que os trabalhadores não foram ouvidos. E isto não é uma opção política, é uma determinação constitucional", declarou Dino.
O acordo ampliou a participação do governo federal no Conselho de Administração da Axia, após questionamentos sobre a redução de sua representação quando a empresa foi privatizada. Nas negociações mediadas pelo STF, foram incluídas cláusulas que desobrigam a Axia de investir na construção da usina nuclear de Angra 3, caso o governo decida continuar com o projeto.
Messias e Dino não mantêm proximidade, apesar de terem trabalhado juntos quando Dino chefiava o Ministério da Justiça. Os dois disputaram a indicação de Lula para o STF em 2023. Em nota divulgada na segunda-feira, Dino explicou que não se manifestou sobre a indicação de Messias por considerar o tema "politicamente controvertido".
A sabatina de Messias na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, inicialmente agendada para a próxima semana, foi cancelada porque o Palácio do Planalto não enviou à Casa a mensagem presidencial com a indicação formal. Alcolumbre, que preside a comissão e havia organizado o cronograma para a avaliação do indicado, disse estar "surpreendido" pela ausência do documento oficial.
O senador Weverton Rocha (PDT-MA), designado como relator da indicação na CCJ, reconheceu que Messias atualmente não possui os votos necessários para sua aprovação. Esta declaração evidencia as dificuldades do candidato ao STF para conquistar o apoio mínimo exigido entre os senadores.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), informou ontem que a sabatina será realizada apenas no próximo ano, justificando que não haveria mais tempo hábil para concluir o processo em 2025.
Avaliações internas do governo indicam que adiar a sabatina para um período mais próximo das eleições de 2026 pode aumentar o risco de contaminação eleitoral do processo. O relator Weverton Rocha revelou que Lula deverá procurar Alcolumbre até o início da próxima semana para discutir a situação.
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da Redação