Vazam detalhes da negociação fracassada entre Maduro e Donald Trump

05/12/2025 às 09:26 Ler na área do assinante

Segundo matéria publicada no The Telegraph, em 3 de dezembro, o ditador da Venezuela, chamado respeitosamente pelo correspondente do jornal inglês em Washington de "Presidente" e "Mr. Maduro", teve uma conversa telefônica com o Presidente Donald Trump, como parte de um acordo para renunciar e fugir.

Segundo fontes, Maduro pediu, entre outras coisas, para manter $200 MILHÕES de dólares (no câmbio de hoje, $1 BILHÃO e cinquenta e oito milhões de reais), parte de sua fortuna pessoal amealhada enquanto o povo comia cachorro, possivelmente de fundos já congelados pelas autoridades americanas, e anistia para até cem altos "funcionários". Eu diria cúmplices. Evidentemente as propostas foram rejeitadas e as negociações fracassaram.

Esses fatos me levam a pensar que cem pessoas oprimem a Venezuela, e o ditador, que nunca exerceu profissão liberal, nunca teve empresa própria, nem terminou o ensino médio, o que ele nega, naturally,  robou o povo para se tornar milionário. Afinal, Nicolás Maduro Moros foi motorista de ônibus e dirigente sindical no setor de transporte de Caracas, (final dos anos 1980), quando aproximou-se de movimentos de esquerda radical e do grupo que acompanhava Hugo Chávez (ainda militar), após o fracasso das tentativas de golpe de 1992.

O Presidente Trump também não aceitou o plano do ditador de formar um governo de transição, nem a escolha do país para onde Maduro fugiria. Trump teria sugerido a China ou a Rússia, enquanto o venezuelano estava determinado a permanecer no hemisfério ocidental, em um país amigo, como Cuba. Eu acho, apenas acho, que ele queria vir mesmo para o Brasil. Até o Catar surgiu como um possível meio-termo. Imagine Maduro falando árabe, chinês ou russo ...

Segundo o jornal, "Mr. Maduro" confirmou,  na quarta-feira passada, que conversou com o presidente dos EUA “há cerca de 10 dias”.

REGIME COM OS DIAS CONTADOS

Desde a ligação de 21 de novembro, o Sr. Trump intensificou a pressão sobre o "governo linha-dura", da Venezuela, eufemismo do jornal para ditadura.

Com os EUA reforçando sua frota de navios de guerra no Caribe, também na terça-feira o Presidente Trump afirmou estar perto de lançar ataques em solo venezuelano. “Sabemos onde os maus vivem e vamos começar esses ataques em breve”, disse ele.

Os EUA consideram Edmundo González o presidente legítimo da Venezuela, após as eleições fraudulentas de 2024.

O jornal The New York Times, veículo mainstream, por sua vez, noticiou na terça-feira que Maduro estava cada vez mais dependente de guarda-costas cubanos e dormia em um local diferente a cada noite.

Em meio à escalada das tensões, o governo Trump evitou falar sobre mudança de regime.

Durante a ligação telefônica fracassada, o presidente americano teria oferecido a Maduro uma versão mais branda de uma saída pacífica. O líder receberia anistia, juntamente com sua esposa e filho, e a oportunidade de fugir do país, se prometesse renunciar imediatamente.

Entende-se que parte da discussão girou em torno do desejo de Maduro de viver uma vida "confortável" no exílio.

Contudo, esse não era o ponto crucial.

Mais problemático era sua exigência de que dezenas de seus associados recebessem anistia e que aliados importantes formassem um governo de transição que, eventualmente, supervisionaria eleições livres.

Maduro poderia sofrer represálias de figuras importantes se concordasse com um acordo que deixasse aliados próximos sujeitos à justiça. "Trata-se de autopreservação, não altruísmo", disse uma fonte.

Mas essa exigência era inaceitável para as autoridades americanas, que têm como objetivo desmantelar o Cartel de los Soles, uma rede de militares e políticos que controla grande parte do narcotráfico no país.

Em agosto, Washington dobrou a recompensa pela cabeça de Maduro, oferecendo $ 50 milhões de dólares por informações que levassem à sua prisão por tráfico de drogas.

O aumento da presença de tropas e equipamentos militares americanos na região nas últimas semanas enviou um sinal claro ao ditador e seus principais assessores de que estão vivendo um momento decisivo.

Uma ampla anistia poderia deixar grande parte desse cartel, designado por Washington como uma "organização terrorista estrangeira", em atividade.

Vanessa Neumann, que atuou como enviada da oposição venezuelana a Londres, disse que não era surpresa que ambos os lados estivessem tentando encontrar uma saída para Maduro.

"O que Trump precisa avaliar é se a saída de Maduro seria vista como uma vitória para ele", disse ela.
“Cada um joga para o seu próprio eleitorado local. Então, se uma grande parte do Cartel de Los Soles permanecer intacta, que vitória isso representa para Trump?”

A Casa Branca enfrenta uma corrida contra o tempo enquanto avalia seu próximo passo.

Elementos da base de apoio de Trump, os apoiadores do MAGA, estão ficando inquietos com a ideia de uma nova aventura no exterior.

Manter a enorme presença militar na região custa centenas de milhões de dólares. O custo de manter o grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald R. Ford em posição no Caribe é estimado em mais de US$ 6 milhões por dia.

As autoridades americanas já  identificaram alvos para ataques durante anos de vigilância.

"Eu realmente acredito que, se não houver um acordo aceitável e Maduro continuar negociando e manipulando as pessoas, haverá, no mínimo, alguns ataques de comando e controle", disse ela.

Desde a ligação, a posição de Maduro na região enfraqueceu. As eleições em Honduras, em São Vicente e Granadinas resultaram na derrota de aliados de esquerda.

Lucia Sweet

Jornalista

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