A gravíssima ameaça sofrida pela testemunha que acusa Lulinha
05/12/2025 às 10:07 Ler na área do assinanteEdson Claro Medeiros Júnior registrou queixa contra Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", por ameaça de morte durante reunião entre os dois. A denúncia foi formalizada em setembro de 2025 na 23ª Delegacia de Polícia de São Paulo, no bairro de Perdizes. O depoimento à Polícia Federal, divulgado nesta quinta-feira (4), contém acusações sobre supostos pagamentos a Fábio Luís Lula da Silva, filho de Lula.
No documento policial, Edson afirma que Antunes realizava pagamentos mensais de R$ 300 mil a Fábio Luís, conhecido como Lulinha. O relato menciona também um suposto pagamento adicional de R$ 25 milhões, sem especificação da moeda utilizada na transação, informação que a CPMI não conseguiu determinar.
Edson declarou à polícia que ocupava o cargo de diretor-executivo da empresa World Cannabis e descreveu Antunes como "um grande investidor da empresa". Documentos mostram, porém, que a propriedade da World Cannabis está registrada em nome do próprio Antunes, com 90% das cotas, e de seu filho Romeu Carvalho Antunes, de 28 anos, que possui o restante.
Segundo o depoimento, Edson foi convocado para uma reunião pela advogada de Antunes em 17 de junho deste ano. O documento registra que "Antônio Carlos devia valores pessoais para o declarante e queria que ele lhe entregasse seus celulares, notebooks e um iPad, pois acreditava que nesses equipamentos havia dados sigilosos a seu respeito, que não queria que fossem divulgados, já que a Polícia Federal estava lhe investigando".
O inquérito descreve o momento da ameaça: "Antônio Carlos passou a ofender e ameaçar a vítima, razão pela qual o declarante se retirou da sala. O averiguado, então, foi até a vítima e disse: 'Se você não me entregar os aparelhos e abrir a boca, eu vou meter uma bala na sua cabeça'."
Após o incidente, "A vítima respondeu que era colaborador da Polícia Federal e deixou o local. Até o presente momento, a vítima não recebeu de Antônio Carlos os valores que lhe são devidos". O documento policial também indica que "Constata-se que entre as partes existem dívidas e desacordos comerciais, resultando em discordância quanto à posse e propriedade de veículos e outros bens".
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da Redação