
Líder do PL vai a reunião com Gilmar, entrega carta e sai com uma convicção: “Estão em missão de guerra”
06/12/2025 às 10:02 Ler na área do assinante
Carlos Portinho (PL-RJ), líder do PL no Senado, entregou uma carta ao ministro Gilmar Mendes defendendo a concessão de anistia "ampla, geral e irrestrita". O documento foi entregue na terça-feira (3), durante reunião no gabinete do magistrado em Brasília. A informação foi divulgada pelo próprio parlamentar na quinta-feira (5).
O senador declarou que foi ao encontro "em missão de paz", sem conhecimento prévio da pauta. Durante a conversa, Portinho afirmou ter sido surpreendido quando o ministro do STF anunciou que proferiria decisão sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental apresentada pelo partido Solidariedade, que questiona o rito de impeachment de ministros do Supremo.
"Já se isolaram da sociedade, dos outros Poderes e do próprio Poder Judiciário, pois quase não restam mais magistrados de carreira. São as leis, a Constituição, e tomaram o país", disse o senador após a publicação da decisão.
Mendes entregou uma cópia do processo ao parlamentar, explicando que este seria o motivo da reunião. A decisão liminar foi publicada no dia seguinte ao encontro, o que provocou reação do senador, que classificou a medida como "um golpe final no Legislativo".
Após a publicação da decisão, o tom das declarações do senador mudou. Portinho passou a afirmar que os ministros do STF "estão em missão de guerra".
Na carta entregue ao decano do STF, o líder do PL no Senado faz referência ao general João Figueiredo, presidente durante o regime militar, que concedeu anistia em 1979. O documento defende que o Brasil precisa seguir caminho semelhante para alcançar pacificação.
O texto inicia com cumprimentos formais e menciona o "compromisso firme com a democracia, com o respeito às instituições e com a independência de cada Poder". O senador argumenta que a anistia representa tema central nos diálogos políticos atuais.
"Apresento a Vossa Excelência meus cumprimentos. Escrevo movido pelo respeito que tenho por Vossa Excelência e pela certeza de que há o compromisso firme com a democracia, com o respeito às instituições e com a independência de cada Poder", afirma o início da carta.
O documento continua: "Tenho convicção de que somente a anistia ampla, geral e irrestrita permitirá que o Brasil caminhará rumo à paz e voltará seu olhar para a frente".
O parlamentar estabelece paralelo com a medida adotada durante o governo Figueiredo, destacando sua "grandeza" ao conceder anistia que, segundo Portinho, "devolveu ao país a possibilidade de seguir em paz".
Na visão expressa no documento, a anistia evitaria que o assunto continuasse retornando ao debate público e impediria que "essa discussão permaneça inflamada em ambos os lados".
A carta menciona aspectos religiosos e defende que o Brasil precisa "reencontrar o caminho da clemência, da paz e da reconciliação". O texto conclui defendendo a união institucional em favor da anistia.
Na parte final, Portinho expressa sua convicção de que a anistia representa "a única solução capaz de conduzir este país rumo à tranquilidade e ao reencontro consigo mesmo".
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