
Haddad era um mero poste de Lula. Flávio é Bolsonaro nas urnas com 3 estratégias de marketing eleitoral gabaritadas
06/12/2025 às 18:19 Ler na área do assinante
Dia 07 de abril de 2018 Lula foi preso, mas o PT usou a estratégia de seguir trabalhando seu nome como candidato por vários motivos, entre eles: não desmobilizar a base; pressão dos militantes que não aceitavam a prisão; ganhar tempo para encontrar um sucessor e não legitimar o processo que o prendeu (e que foi derrubado anos depois).
Dia 05 de agosto de 2018, o PT lançou oficialmente a candidatura de Lula (com ele preso).
Apenas no dia 11 de setembro de 2018, (5 meses depois) o PT anunciou que HADDAD iria concorrer no lugar de Lula.
Um erro fatal.
Não tiveram tempo hábil de convencer os eleitores de Lula que Haddad era o nome escolhido para a missão.
Haddad foi chamado de "poste" mas não convenceu o eleitorado menos fiel a Lula.
A esquerda sacrificou a cadeira presidencial de 2018 por insistir na inocência e soltura de Lula.
Exatamente como a militância Bolsonarista achou que deveria ser com Bolsonaro, mas o PL, Waldemar e o clã Bolsonaro não são bobos de cometer o mesmo erro e fizeram diferente:
Dia 22 de novembro de 2025 Bolsonaro foi preso em regime fechado.
Dia 30 de novembro (8 dias depois) Michelle Bolsonaro faz uma demonstração pública de força política dentro da sigla, surpreendendo a todos ao criticar durante um evento de lideranças no Ceará, o acordo do PL com Ciro Gomes, causando constrangimento, dividindo opiniões, gerando repercussão nacional e cristalizado na mente do eleitorado que está órfã de Bolsonaro que ELA É A DONA DA GUERRA DE NARRATIVAS agora.
Tudo o que Bolsonaro tentou fazer e NÃO conseguiu por motivos variados, Michelle reacendeu nos eleitores mais aguerridos. ELA É A ÚNICA PERSONAGEM POLÍTICA ATUAL TRABALHANDO NARRATIVAS E IDEOLOGIA.
Pronto, a onda ideológica que elegeu Bolsonaro em 2018 recebeu uma injeção de adrenalina na veia e Michelle demarcou seu território e sua importância no partido.
E não parou por ai...
Dia 05 de dezembro de 2025 (13 dias depois de sua prisão) Jair Bolsonaro oficializa Flávio Bolsonaro como o candidato a presidência em 2026.
Não caíram na pressão burra da militância que prefere uma boa mentira que lhes acalme do que uma dura verdade que lhes faça progredir.
Sem medo do discurso "não se deve falar em eleições, só em Anistia" ou " Eleições sem Bolsonaro é fraude", ou ainda "Falar de eleição é trair Bolsonaro", eles fizeram acontecer.
Teremos BOLSONARO 22 x LULA 13 nas urnas!
Goste ou não de Flávio, precisam reconhecer que foi o maior lançamento de pré-candidatura que já vimos no Brasil, porque fez com que todos os políticos reagissem, criticando, questionando ou parabenizando, além de TODOS OS JORNAIS divulgarem que BOLSONARO ESTARÁ NAS URNAS EM 2026.
A dificuldade que o PT teve em emplacar Haddad no lugar de Lula não será um problema para o Bolsonarismo. Os eleitores já iniciaram a campanha.
Se é o suficiente para eleger Flávio?
Depende de outras alianças, principalmente da vice-presidência e dos acordos para indicação dos próximos 3 ministros do STF que será prerrogativa do próximo presidente do Brasil, substituto Luiz Fux (abril de 2028) Cármen Lúcia (abril de 2029) e Gilmar Mendes (dezembro de 2030).
Há muita costura sendo feita e elas é quem devem dar (ou não) a vitória a Bolsonaro no próximo ano.
Uma coisa é certa, até os desesperados que não aceitavam falar em eleições e criticavam as urnas, entraram na pré-campanha de Bolsonaro 26.
Gabaritaram os 3 principais estratégias de marketing eleitoral:
- Aquecimento a ala ideológica
- Resgate das pautas, bandeiras e narrativas
- Mobilização de lançamento do pré-candidato
Agora é trabalhar a campanha.
Raquel Brugnera
Pós Graduando em Comunicação Eleitoral, Estratégia e Marketing Político - Universidade Estácio de Sá - RJ.













